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O Dante participou da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), na Universidade de São Paulo (USP), entre os dias 18 e 22 de março. E um grupo de três alunas do Colégio saiu vitorioso da 17ª edição do evento, tendo conquistado o primeiro lugar em Ciências Humanas, além de outros reconhecimentos, como o prêmio “Outstanding for Behavioral Sciences”, concedido pela American Psychological Association, e o prêmio “Incentivo à Inovação Tecnológica Mostratec”, com credenciamento para a 34ª edição da feira, que será realizada em outubro, na cidade de Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul.
As alunas premiadas foram Alessandra Rister Portinari Maranca, Catharina Faria de Morais e Maria Clara Batista Nascentes, que cursam a 3ª série do Ensino Médio e desenvolvem pelo programa Cientista Aprendiz desde 2016 o projeto vencedor da Febrace. A pesquisa, intitulada “O Bem-Estar do Jovem: A Busca pela Saúde Mental a partir da Construção da Identidade Autêntica”, tem orientação do professor de filosofia Ian Bastos e coorientação da professora doutora Sandra Tonidandel, coordenadora-geral pedagógica do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio. O trio já tinha sido premiado em outras feiras, como a própria Mostratec e a Genius Olympiad, em Nova York (ambas em 2018). As meninas também participaram de um evento da revista Nova Escola em parceria com o Facebook e o Instagram no ano passado, marcando o “Setembro Amarelo”, que teve como tema a saúde mental na escola. Este ano, elas também conquistaram o segundo lugar na Exporecerca Jove, em Barcelona.
As alunas Michelle Caroline Kim e Valentina Ferraracio Bellelli, que também cursam a 3ª série do Ensino Médio, também foram finalistas da Febrace e apresentaram seu trabalho no evento. Orientadas pela professora doutora Juliana de Carvalho Izidoro, que é engenheira química de formação e especialista em química ambiental, além de também atuar como pesquisadora pela USP, as meninas criaram um método que acabaria com as barragens de mineradoras, evitando que desastres como os de Mariana e Brumadinho voltassem a ocorrer. A pesquisa, chamada “Síntese de material adsorvente de baixo custo utilizando resíduos industriais do processamento de ferro e sua aplicação na remoção de poluentes”, começou em 2017 e usou uma amostra enviada pela Samarco.
“Com esse estudo, aprofundamos questões que não aprenderíamos na escola, porque são de nível superior e de pós-graduação. O desastre de Mariana motivou a pesquisa, mas depois de Brumadinho o tema se tornou ainda mais urgente! Afinal, é inaceitável que a situação tenha se repetido. E ainda temos muitas barragens em estado de risco, que também podem romper, então precisamos acabar com isso e extinguir todas as barragens do Brasil de uma vez por todas”, diz Valentina, que quer ser professora de química. “A Febrace é cansativa, mas vale muito a pena, porque podemos apresentar o projeto para muita gente de diversas áreas, conscientizando as pessoas, falando com muita propriedade sobre o tema e mostrando que existe solução”, afirma Michelle. Segundo ela, participar da feira é um grande reconhecimento do trabalho. As meninas também conquistaram o segundo lugar na categoria Meio Ambiente da Mostratec em 2018 e foram premiadas com credenciamento para participarem como finalistas da FECIENCAP, no Paraguai, e da Genius Olympiad, nos EUA, em 2019.
Uma das mais importantes feiras de ciências
Além das cinco alunas que participaram da Febrace como expositoras, divulgando seus projetos em estandes, o Dante também enviou cerca de 100 alunos para visitar a feira, acompanhados por professores. “O Dante participa da Febrace desde a sua primeira edição, em 2003, sendo que a feira da USP é uma das mais renomadas de todo o Brasil. O evento é nacional e recebe muitas inscrições de projetos, então ser selecionado é sim um prestígio. Participar não é fácil, pois há poucas vagas. Também existe um limite de projetos por região, o que dificulta ainda mais o filtro e a seleção”, explica o professor Diogo dos Santos, que faz parte do Departamento de Ciências Naturais e do Cientista Aprendiz. O programa de pré-iniciação científica do Dante, aliás, conta com um simpósio filiado à Febrace, que seleciona alguns projetos e os credencia para a feira – foi o que aconteceu com as alunas Alessandra, Catharina e Maria Clara, que conquistaram a vaga no ano passado após serem avaliadas por professores da USP dentro do próprio Colégio.
A aluna Alessandra, uma das premiadas, concorda: “Desde o começo da pesquisa no Cientista Aprendiz nós sempre quisemos participar da Febrace, porque é uma feira mais séria, muito respeitada, que exibe os melhores projetos”. “Sem contar que a feira é aberta ao público, o que é muito interessante, porque podemos mostrar nosso projeto para pessoas além dos avaliadores, além do público acadêmico”, complementa Maria Clara. “Os avaliadores da Febrace são muito bem preparados e realmente entendem sobre os temas, então a troca com eles é muito valiosa, um feedback de muita qualidade”, afirmou Catharina.
Credenciamento para a FeNaDANTE
Cinco projetos participantes da Febrace foram selecionados por uma comissão do Dante e ganharam credenciamento para a Feira Nacional de Ciência e Tecnologia Dante Alighieri (FeNaDANTE), cuja primeira edição será realizada de 11 a 14 de setembro nas dependências do Colégio, em São Paulo. Os alunos selecionados são do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas, Maranhão e Tocantins e receberam o credenciamento no palco das premiações, direto das mãos da professora doutora Sandra Tonidandel, coordenadora-geral pedagógica do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio do Dante. Clique aqui para saber mais!
