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O dantiano Lucas Hadlich Sampaio, da 3ª série do Ensino Médio, conquistou o segundo lugar na categoria USAID Science for Development – Working in Crisis and Conflict – da Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), a maior e mais importante feira científica de nível pré-universitário do mundo. Realizado em Dallas, nos Estados Unidos, entre os dias 13 e 19 de maio, o evento reuniu mais de 1.700 estudantes de cerca de 70 países e distribuiu aproximadamente 9 milhões de dólares em premiações, além de bolsas de estudo, estágios e viagens de campo.
A delegação brasileira foi composta por 25 alunos de Ensino Médio e técnico, de diferentes regiões do país, que elaboraram 18 projetos de pesquisa. Treze deles foram selecionados pela Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), de Novo Hamburgo (RS), caso de Lucas, e os demais pela Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), de São Paulo.
Desenvolvido no Cientista Aprendiz desde 2019, o projeto de Lucas consiste na criação de um equipamento que, auxiliado por sensores, emite alertas à população e a autoridades para a iminência de deslizamentos de terra em áreas urbanas. Ele concorreu com outros 20 trabalhos na categoria USAID Science for Development – Working in Crisis and Conflict.
“Meu projeto visa salvar vidas. Quero ajudar pessoas que vivem em locais de risco fornecendo um pouco de segurança a elas”, afirma o aluno, que já havia apresentado seu protótipo neste ano para a Defesa Civil da cidade de São Paulo e para a prefeitura de Mauá.
Em Dallas, além de ser apresentado em inglês ao público visitante da feira, o trabalho de Lucas passou pela apreciação de avaliadores da ISEF e da USAID, instituição governamental dos Estados Unidos que se dedica a colaborar com projetos inovadores na área social. Esta é a segunda vez que um dantiano é premiado na feira estadunidense – em 2022, Henrique Hissa ficou em terceiro lugar na categoria Sistemas de Software.
“Quando anunciaram meu nome, eu gritei de felicidade. Foi bem tocante saber que eu estava lá representando o Dante e o Brasil. E ser premiado foi fantástico”, conta Lucas, que ressalta a importância do programa de pré-iniciação científica do Dante em sua formação acadêmica e pessoal. “É por causa do Cientista que acabei entrando ‘de cabeça’ na questão social brasileira. Algo muito importante que aprendi aqui: tentar aplicar a ciência em coisas práticas para favorecer a humanidade.”
Orientador de Lucas no projeto, o professor Wayner de Souza Klen celebra a conquista do pupilo e valoriza sua dedicação ao longo dos últimos anos. “No Cientista Aprendiz, usamos muitos conhecimentos do ensino regular, ou seja, o comprometimento dele com os estudos foi determinante para seu bom desempenho no projeto. Não foram raras as vezes em que ficamos até mais tarde no laboratório – o afinco e a vontade de fazer acontecer foram fundamentais para que ele fosse premiado na ISEF.”
Neste último ciclo do Cientista Aprendiz, Lucas e o professor Wayner farão atualizações na metodologia do projeto e novos testes de campo. A ideia é que o protótipo esteja ainda mais ajustado para a 5ª edição da FeNaDANTE (Feira de Ciência e Tecnologia das Nações – Colégio Dante Alighieri), marcada para acontecer entre os dias 25 e 30 de setembro.
