Ex-aluno do Dante conquista premiação na maior feira de ciências do mundo

Publicado em 26 de maio de 2022 às 12:57
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O estudante Henrique Hissa, formado em 2021 no Ensino Médio do Colégio Dante Alighieri, conquistou a medalha de bronze na Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), considerada a maior feira de ciências do mundo, que neste ano foi sediada na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos. O evento, realizado entre os dias 7 e 13 de maio, reuniu cerca de 1.800 alunos de 63 países.

Com 18 anos, Henrique aumentou sua coleção de medalhas com o projeto “Development of immersive metaverses applied to astrobiology teaching” (Desenvolvimento de metaversos imersivos aplicados ao ensino da astrobiologia). Ao todo, ele já acumula mais de 20 prêmios, dentre eles os primeiros lugares na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), na Malaysia Innovation Invention Creativity Association (Miica), e na FeNaDANTE, em 2021.

O projeto de Henrique começou a se desenhar em 2020, um ano após seu ingresso no Cientista Aprendiz, programa de pré-iniciação científica do Dante. Apaixonado por biologia e astronomia, ele uniu o útil ao agradável ao desenvolver um metaverso cujo objetivo é contribuir para o ensino de astrobiologia, área de pesquisa científica que estuda a vida e a evolução no universo.

Orientado pelo professor Tiago Bodê, Henrique analisou as habilidades e competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e procurou atribuir usos pedagógicos às tecnologias imersivas, pelas quais também já nutria interesse. “Com a pandemia e a introdução das aulas on-line, eu vi como estávamos presos em videoconferências não tão interativas. Isso me inspirou ainda mais a desenvolver uma ferramenta para auxiliar os professores e o aprendizado”, explica o estudante.

ISEF: maior feira de ciências do mundo

Dividindo os méritos

Para alcançar o terceiro lugar na ISEF, Henrique teve de superar a concorrência de 59 projetos na categoria de Sistemas de Software. Indagado sobre o que significa essa conquista, ele afirma: “Representa não só o fruto dos meus esforços mas também da ciência brasileira em geral. Não é um cientista específico que está levando um prêmio, e sim o país como um todo. Para mim, o prêmio representou um passo adiante no mundo da ciência, dizendo que o Brasil faz, sim, ciência, e faz direito”, ressalta.

Seu orientador no projeto, que o acompanhou na feira em Atlanta, comemorou o feito e valorizou o esforço do pupilo. “A premiação é resultado de muita dedicação e resiliência. Ele é um ser humano maravilhoso e está percorrendo um caminho muito bonito dentro da ciência. Como seu orientador, tento ajudá-lo em sua jornada científica para que seus sonhos possam inspirar um futuro em que a ciência saia da sala de aula e passe a fazer parte da vida das pessoas e da construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma Tiago Bodê.

Aprendizado e agradecimento

A trajetória até o terceiro lugar na maior feira de ciências do mundo não só ampliou o repertório científico de Henrique mas também lhe revelou importantes descobertas profissionais. “Aprendi não só sobre a metodologia científica, como planejar pesquisas, organizar minhas responsabilidades, programar em C++, entender o que é ensino por investigação e vários outros conceitos, mas percebi também como eu adoro fazer pesquisa científica e ensinar conceitos a outras pessoas. Inclusive, graças ao desenvolvimento do projeto, posso no atual momento dizer que eu quero seguir a carreira de professor e orientador.”

Ao discorrer sobre sua conquista, Henrique faz questão de enfatizar o suporte oferecido pelo Cientista Aprendiz na elaboração do trabalho. “O encorajamento que o programa e o Dante me deram para o desenvolvimento do meu projeto e para as apresentações em feiras científicas foi importantíssimo para me inspirar ainda mais. Não teria alcançado os meus resultados se não fosse pela ajuda do professor Tiago Bodê, meu orientador. O apoio dele foi essencial para eu manter direcionamento no projeto, sem contar que foi ele quem me introduziu os conceitos de astrobiologia e ensino por investigação.”

Maior feira de ciências do mundo (ISEF)

Próximos passos

Apesar dos diversos prêmios conquistados, o trabalho não para por aí. De acordo com o ex-aluno do Dante, que em setembro iniciará o curso de ciência da computação na Universidade de Minnesota (EUA), a ideia é aprimorar o projeto nos próximos meses.

“Planejamos consertar alguns erros que encontramos durante as fases de teste, aprimorar a sequência de ensino investigativo, fazer testes do ambiente em escolas públicas, disponibilizar o ambiente para download gratuito e publicar artigos”, conclui Henrique.

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