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No início do mês de abril, os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental 2 participaram de uma atividade pedagógica a partir da exposição temporária “Arte na Moda: Arte Renner”, em cartaz no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Sob a organização do Departamento de Arte do Colégio, a proposta era ocupar o espaço museológico como um ambiente não apenas de contemplação como também de estudo e criação, prolongando a sala de aula e o nosso ateliê de arte.
A atividade fez parte de um projeto interdisciplinar em que cada componente curricular trabalhou o MASP de uma forma diferente. Língua portuguesa e produção textual trabalharam questões de identidade a partir de heroínas negras brasileiras; já no componente de inglês a língua foi articulada como identidade de culturas minoritárias. Em história, foi debatido sobre a imagem pública, relacionando o tema com o eixo da identidade, em articulação com o resgate da ancestralidade.
Os componentes curriculares de matemática, STEAM-S e italiano, desenvolveram atividades pedagógicas com as seguintes temáticas: tramas com triângulos e lógica de construção; pensamento computacional e código de números binários para cores e formas e moda como representação de estilo e personalidade, respectivamente.
O desenvolvimento dessas atividades propõe, fundamentalmente, trabalhar a habilidade de relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, histórica, econômica, estética e ética.
A ARTE EM OUTRAS MATERIALIDADES
Para o componente curricular de arte, a professora Adriana D’Agostino comenta que as turmas do 8º ano trabalharam o olhar para compreender como a arte consegue circular por outras linguagens, como na moda e no design. A proposta desenvolvida em espaços diferentes do Colégio e do museu dialogou com a questão de como a mulher está inserida no mercado de arte e como ela é vista nesse meio.
“A artista escolhida para ser trabalhada foi a Tainá Lima, mais conhecida como Criola, que é uma grafiteira que retrata em seus desenhos como foi a sua infância no contexto de preconceitos que ela vivenciou. A partir disso, a artista se inspirou nas próprias experiências para retratar, por meio da arte, algumas dessas questões e questionar os padrões de beleza impostos pela sociedade”, explica a professora Adriana.
MUSEU COMO ESPAÇO DE CRIAÇÃO E ESTUDO
A importância da atividade proposta também recai sob o aspecto da valorização da arte e do trabalho manual, realizado em conjunto, o que envolveu a concepção de cada peça conceitual. Tiago Rossini, do 8º ano F, comenta que “a atividade foi muito interessante, porque era em grupo e envolvia vestuário”. “Gostei muito da parte em que a proposta era desenhar algumas peças ainda no museu”, completa o aluno.
Natalia Fonseca, do 8º ano G, também participou da atividade pedagógica e conta o que achou. “Além de ser uma experiência nova, foi com um tema diferente que me interessa muito, porque eu gosto de desenhar e tenho a pretensão de me tornar estilista. Então, foi um movimento também de inspiração para mim.”