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No dia 13 de abril, os dantianos da eletiva “Vivendo as Engenharias” tiveram a oportunidade de assistir a uma palestra de Lucas Fonseca, engenheiro aeroespacial, empreendedor pioneiro da startup New Space Brazil e o único brasileiro a participar diretamente da missão Rosetta – projeto da Agência Espacial Europeia (ESA) de 2014 que enviou uma sonda ao espaço para estudar e, posteriormente, em 2016, pousar no cometa 67P, que orbita o Sistema Solar.
Seguindo a iniciativa do Dante de trazer especialistas para enriquecer a eletiva, a palestra teve como objetivo apresentar a formação e o trabalho de um engenheiro aeroespacial, assim como tirar as dúvidas dos alunos relativas a essa engenharia.
“A engenharia aeroespacial é um ramo da engenharia que nós ainda não conseguimos desenvolver completamente dentro das áreas de física e química do curso regular do Ensino Médio, então os alunos têm muita curiosidade. E o Dante busca suprir essa curiosidade com informações”, afirma a professora de física Cristiane Rodrigues Tavolaro.
Engenharia Aeroespacial: a carreira do futuro
Considerada uma das mais promissoras engenharias, a engenharia aeroespacial lida, sobretudo, com o processo de projetar, criar, construir e fabricar qualquer dispositivo que voe. Por ser relativamente novo no Brasil, o campo ainda sofre com a escassez de profissionais formados especificamente nesse curso, de modo que a maioria dos atuantes na área – como Lucas Fonseca, formado em engenharia mecatrônica pela USP – é graduada em outros ramos da engenharia e acaba migrando para trabalhar no setor aeroespacial.
O mercado de trabalho para essa profissão é polivalente e está em crescimento constante. A graduação permite, também, trabalhar com pesquisas que aprimorem os conhecimentos da área, em institutos de pesquisa, universidades e empresas do setor aeroespacial. Além disso, a profissão abre portas para o setor industrial e do agronegócio, o empreendedorismo e órgãos do setor espacial e da Defesa.
“A área aeroespacial é considerada estratégica para qualquer país do mundo, e, ao propagar a tocha do conhecimento e despertar o interesse das pessoas em atuar no setor, cria-se a chance de contar com uma nova geração que se conscientiza da importância, participa ativamente da frente e se torna capaz de transformar o futuro do Brasil, que hoje não possui autonomia espacial”, relata Lucas Fonseca.
Conversa instrutiva e construtiva
Para o aluno da 3ª série A do Ensino Médio Otto Gerbaka, um dos integrantes do projeto Cimento Espacial – experimento que contou com a colaboração do próprio Lucas Fonseca e foi escolhido pela Nasa para ir à Estação Espacial Internacional (ISS) em 2018 – e um dos convidados a comparecer à palestra, a conversa foi muito positiva. “Antes eu não fazia a mínima ideia da relação entre a engenharia aeroespacial e sustentabilidade e engenharia espacial e agronegócio. Creio que a palestra foi muito elucidativa, tanto que agora penso em fazer, no futuro, mestrado nessa área da engenharia”, conta o dantiano.