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O aluno Hugo Fares Menhem, da 2ª série do Ensino Médio, obteve uma conquista histórica para o Dante ao ganhar a medalha de ouro na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), realizada entre os dias 2 e 8 de outubro, no Panamá. Foi a primeira vez que o Colégio teve um representante em um evento internacional na área de astronomia.
A OLAA é uma olimpíada internacional fundada em Montevidéu, no Uruguai, em 2008, realizada todos os anos na América Latina, da qual participam estudantes de até 20 anos que não estejam cursando o ensino superior. Cada delegação manda para o país-sede um grupo de até cinco integrantes, e há sempre ao menos um representante de cada sexo (masculino e feminino).
“Fiquei muito feliz pela conquista, com uma sensação de dever cumprido. O prêmio máximo era a medalha de ouro, então fico contente por ter representado da melhor forma o Brasil e o Dante”, celebra Hugo, que competiu ao lado de estudantes de outros 14 países da América Latina.
O percurso até o ouro
Medalhista de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) de 2022, Hugo precisou passar por outras etapas para participar da OLAA. Após realizar uma série de provas on-line, o dantiano se credenciou para dois treinamentos em Vinhedo (SP), onde 40 finalistas fizeram testes ainda mais complexos. Ele ficou em nono lugar e carimbou seu passaporte para o Panamá – os cinco primeiros se classificaram para a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA).
A OLAA foi composta por quatro provas, sendo duas individuais (teórica e de observação do céu) e duas grupais (teórica e de lançamento de foguetes). Os grupos eram formados por membros de diferentes nacionalidades, e Hugo explica o porquê: “O intuito da olimpíada é realmente criar um maior senso de integração entre os alunos da América Latina. Por isso que as provas de grupo valem mais do que as individuais”.
Na somatória das notas, Hugo alcançou a pontuação necessária para ganhar a medalha de ouro, assim como os outros quatro integrantes da delegação brasileira. “O Dante sempre me incentivou. Os professores me ajudaram na parte de estudos e na questão de agendamento das provas. O Colégio sempre me deu bastante suporte.”
Diretora-geral educacional do Dante, a professora Valdenice M.M. de Cerqueira considera a conquista no Panamá o fruto de um trabalho “de valorização das olimpíadas do conhecimento que já vem de alguns anos”. “Ninguém consegue uma medalha de ouro da noite para o dia: é preciso ter muita preparação, estrutura e apoio da família e da escola. Estar entre os melhores é um reconhecimento do trabalho do Colégio, um reconhecimento da tenacidade e da dedicação do Hugo.”
Dante em dose dupla no Panamá
O Colégio ainda teve um outro representante em território panamenho: o professor de física e astronomia Ednilson Oliveira. De forma inédita, o docente foi convidado pela organização da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) para atuar como observador no evento.
Nessa função, Ednilson contribuiu para a elaboração e preparação das provas teóricas e práticas, ajudou a corrigi-las (sem ter a ciência da nacionalidade ou do nome do estudante) e prestou auxílio aos competidores em questões que não interferissem na resolução dos testes. Os critérios para ser observador incluem, além de ser professor da área, ter lecionado e orientado algum dos treinamentos preparatórios para as olimpíadas internacionais realizados na cidade de Vinhedo.
“Foi uma experiência muito legal. Uma coisa é participar dos treinamentos preparatórios, outra totalmente diferente é conhecer as provas internacionais e corrigi-las sem saber de quem são. É interessante também analisar como cada país está ensinando astronomia, os conteúdos que foram ensinados e os que faltaram ensinar. A interação entre os estudantes foi muito bacana também. Essa troca é superimportante. São aspectos que só conseguimos ter noção estando presentes em um evento como esse”, analisa o professor Ednilson.
