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A contadora de histórias Kiara Terra apresentou a trama do livro “O gênio do crime”, de João Carlos Marinho, aos alunos do 6º ano do Colégio Dante Alighieri no dia 18 de junho, segunda-feira. Na atividade, que fez parte da Semana Literária 2012 da Escola, Kiara propôs uma “travessia narrativa, como se fosse o trailer de um filme, usando a oralidade” para contar a história.
Atualmente, os alunos do 6º ano estão terminando a leitura do livro, um clássico da literatura infantil brasileira, lançado em 1969. “O gênio do crime” conta a história dos amigos Gordo (Bolachão), Edmundo e Pituca. Após completarem um álbum de figurinhas de futebol – com a difícil e sonhada imagem do jogador Roberto Rivelino –, o trio descobre que vários outros garotos também conseguiram a proeza de preencher todos os espaços do álbum.
Sem ter como premiar todos os vencedores, seu Tomé, dono da empresa de figurinhas, teme que os garotos coloquem fogo em sua fábrica. Nesse momento, vê a turma do Bolachão pedindo calma aos jovens, dizendo-lhes que seria melhor contratar um advogado.
Surpreso com o bom senso dos meninos, seu Tomé resolve pedir a ajuda dos três garotos para resolver o mistério do grande número de ganhadores dos prêmios. Assim, Gordo, muito astuto, entra de cara na investigação, seguindo o cambista que falsificava as figurinhas.
Kiara Terra tratou de contar a história usando bonecos de pano e outros adereços. Mas seu principal trunfo foi a interatividade com os alunos. A artista sempre fazia perguntas e buscava o ponto de vista das crianças sobre os episódios do livro. Assim, garantia a atenção dos estudantes, que mantinham os olhos fixos e empolgados no desenrolar da trama.
“Achei engraçado. Ela (Kiara) explicou partes do livro que não tinha entendido”, afirmou Emanuela Sofia Grota, do 6º ano D.
Satisfeita com o retorno dado pelos alunos durante a apresentação, Kiara Terra explicou que, ao contar a história de um livro que seu público já conhece, ocorre um cruzamento de diferentes interpretações – do contador de histórias e do público.
“A leitura do livro é individual. Já o contar a história é algo coletivo. O aluno vê o que o amigo pensou, como o amigo construiu a leitura. É como se fossem muitos livros. Esse encontro proporciona histórias diferentes”, disse Kiara Terra, que, há 13 anos, trabalha contando histórias com improviso.
“Eu trago a ideia de improvisação e trago as minhas impressões de leitura; reconstruo a história. A criança complementa o sentido e torna o livro mais rico. É uma leitura e uma escuta ampliada”, afirmou.
