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Criado em 2012, o Comitê Discente de Tecnologia é uma ponte entre alunos e a escola. Os estudantes se reúnem semanalmente com a professora Verônica Cannatá, coordenadora do Departamento de Tecnologia Educacional, para debater assuntos ligados ao uso de tecnologia e inovações dentro do Colégio.
Uma década após sua criação, uma medida inovou o formato do comitê: a partir de 2022, o seu quadro passa a abranger alunos do 6º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio – antes, apenas estudantes do Ensino Médio estavam habilitados a participar do seleto grupo.
“Os alunos trazem as demandas da sala de aula. É uma relação dialógica, porque não existe um professor que fica lá na frente da sala. Aqui, todos ficam sentados em círculo. A pauta é trazida por eles e por mim. A ideia é que eles tenham contato com outras empresas, que visitem eventos de tecnologia, que enxerguem aspectos na escola que podemos melhorar. É algo que vai se construindo. É um espaço de escuta, ou seja, eles trazem as demandas, nós ouvimos e todos pensamos juntos no próximo passo”, explica a professora Verônica.
O ingresso no comitê é condicional e se dá mediante o bom desempenho dos estudantes nas aulas e, posteriormente, a indicação dos professores de STEAM-S. “Os alunos participantes foram convidados porque têm uma boa fluência ou porque são críticos, questionadores e criativos, então estar aqui significa que o professor indicou”, conta a coordenadora de tecnologia educacional, que comanda o grupo de 22 membros.
De acordo com Bruna Artioli, do 6º ano, a mudança na formação do comitê aumentou a variedade das demandas levadas à escola: “É importante participar do comitê porque são pessoas de vários anos diferentes, trazendo problemas distintos. Existem questões que afetam um ano e não afetam o outro. É importante os adultos ouvirem as crianças e adolescentes que estudam aqui”.
Já Marina Escalona, da 2ª série, ressalta que a diversidade etária irá tornar o comitê mais conhecido entre os alunos do Colégio, já que agora há representantes tanto do Ensino Fundamental como do Médio. “Vamos conseguir abrir mais para os alunos do Dante, porque muitos não sabiam da existência do comitê. É importante que os estudantes saibam que há um comitê que pode dar voz aos alunos e direcionar aos professores e profissionais de tecnologia as questões e demandas que existem entre nós.”
Para além das melhorias tecnológicas sugeridas pelos alunos, o aspecto de integração é outro benefício da nova configuração do comitê. “Debatemos sobre alguns problemas, e a professora também traz algumas sugestões para melhorarmos a tecnologia na escola. E também conseguimos quebrar a barreira do preconceito entre alunos mais velhos e mais novos. Temos alunos desde o 6º ano até a 3ª série do Ensino Médio, o que nos torna um grupo de amigos”, conclui Giovanna Saes, do 7º ano.
