Colégio Dante Alighieri inaugura urna histórica com objetos do centenário

Publicado em 10 de julho de 2012 às 13:30
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Dia 9 de julho de 2112. Essa é a data prevista para que a administração do Colégio Dante Alighieri, no início da caminhada para o seu terceiro centenário, tenha acesso a vasta documentação proveniente do centésimo ano da Escola. Quem passou julho em férias notará, na volta, uma novidade no pátio do Dante: um grande bloco que acolhe uma urna histórica repleta de documentos, como o estatuto do Colégio, seus hinos, medalhas, livros e parte do material comemorativo produzido durante a comemoração do primeiro centenário.

Cerca de 40 pessoas, entre conselheiros do Colégio e convidados, se reuniram em 9 de julho – dessa vez de 2012 – para a cerimônia de inauguração da urna histórica, idealizada a partir da comemoração do centenário, em 2011. De acordo com o presidente do Colégio, Dr. José de Oliveira Messina, a ideia de arquivar documentos atuais para serem acessados na posteridade foi repentina.

“Pensei, durante o encontro de conselheiros ocorrido em dia 9 de julho de 2011, na criação de uma cápsula do tempo. Seria um cofre enterrado na frente da escola com uma lápide de bronze ou mármore e o sinal dos 100 anos. Fiz a proposta e o conselho gostou da ideia. Não podemos deixar a história se perder, pois temos uma grande e viva tradição, e devemos zelar por ela. Arquivando os documentos, os futuros administradores terão a chance de verificar o que foi feito à época do primeiro centenário”, explicou o presidente.

O projeto inicial – enterrar os documentos – foi alterado por diversas razões, de acordo com o Dr. Messina, que recebeu sugestões do artista e engenheiro Claudio Callia, responsável pelo projeto e execução da urna. “O Callia veio a mim e perguntou: Messina, você não acha que enterrar documentos pode fazer referência a coisas mortas?”, disse o presidente. “Além disso, a terra poderia deteriorar os documentos.”

A composição inclui, ainda, uma bússola indicando o nordeste, referindo-se à direção da Itália a partir daquele ponto. No alto da peça, há um acróstico com as iniciais de ‘urna histórica’, escrito pelo Dr. Messina, e, logo abaixo, a relação dos atuais conselheiros e diretores executivos do Colégio.

Mas e daqui a 100 anos, qual será a realidade do Colégio Dante Alighieri e do mundo? Dr. Messina preferiu não dar garantias, mas fez as suas previsões. “Acredito que o ser humano ainda existirá com essa formação física, mas que também haverá robôs, com sentimentos ou não. Independente disso, cultura e educação não poderão ser desprezadas, sob a pena de haver um cataclisma no mundo, e o homem não poderá fechar institutos de grande relevância. Por isso, acredito que o Colégio sobreviverá nesses 100 anos, nesse mesmo lugar, inclusive, já que estamos tentando transformar essa área em patrimônio histórico”, concluiu o presidente.

A urna

Claudio Callia levou aproximadamente cinco meses para idealizar o projeto, encontrar os materiais mais apropriados para a conservação dos itens na urna, projetar e na executar o plano. Mas o trabalho não foi somente artístico: com conhecimentos técnicos, Callia planejou tudo de maneira favorável à conservação da peça.

“Quando o Dr. Messina deu a sugestão inicial, apontei algumas questões críticas: a primeira é que, tendo documentos enterrados, podemos perder tudo com um deslocamento do lençol freático, que poderia ser causado por uma obra do metrô, por exemplo, pois a urna ficaria embaixo d’água. Sugeri, então, que fizéssemos algo que não colocasse os documentos em risco, e que também não desse um efeito de coisa enterrada, tumular”, explicou.

Com isso, a solução: uma base de granito, sobre a qual seria depositada a urna, produzida com materiais e formato que favorecessem a preservação das lembranças. “Escolhi um metal resistente para a produção das peças, o latão, e desenvolvi a torre com um corte oblíquo para conduzir o ar quente para os pontos de exaustão, evitando o excesso de calor. A urna, totalmente hermética, tem, no seu interior, uma camada de isopor, que, por sua vez, é revestida por um tecido especial. Esse tecido absorverá, nos próximos meses, todas as partículas de água presentes na pequena quantidade de ar confinada quando fechamos a urna”, complementou Callia. Segundo ele, a urna pesa quase 40 quilos, enquanto o a torre tem, aproximadamente, 200 quilos.

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