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O Colégio Dante Alighieri realizou, em 15 de junho, uma solenidade em homenagem aos colaboradores que completaram determinado tempo de serviço prestado à instituição. O evento de entrega dos bótons, como é conhecida a cerimônia, agraciou 65 pessoas, cuja maioria recebeu bótons de bronze, prata e ouro, que representam, respectivamente, 15, 25 e 35 anos de Dante.
Entre eles, 37 receberam o bóton de bronze, 16 receberam o bóton de prata e oito receberam o bóton de ouro. Quatro receberam homenagens especiais: a assistente de diretoria profª Suely Matiskei, pelos 40 anos de Dante, a orientadora educacional profª Munira Salomão, pelos 46 anos, a coordenadora do Departamento de Biologia, profª Anthéia Sasson, e a responsável pelo Departamento de Comunicação Visual, profª Ilda Loschiavo, ambas pelos 45 anos de dedicação ao Colégio.
Sobre as quatro homenageadas, o presidente do Colégio, dr. José de Oliveira Messina, destacou fatos memoráveis: “Munira Salomão, que inaugurou o Serviço de Orientação Educacional, então inexistente em outras instituições; Ilda Loschiavo, há 45 anos colocando seu coração nas pinturas e trabalhos manuais, verdadeiras obras de arte; Anthéia Sasson, também agraciada na Ordem do Sino, que revela aos alunos as dimensões do que é a vida na orquestra dos seres de todos os reinos que habitam o planeta; Suely Matiskei, que introduziu uma sábia dinâmica na reta final dos nossos guerreiros, que, se outrora se digladiavam, hoje chegam a se fantasiar em momentos festivos ao som de ritmos agitados, celebrando vitórias e amizades.”
Para dr. Messina, a celebração é fundamentada em dois pilares. “O primeiro deles é o respeito à pessoa que dedica a vida funcional ao ente que o acolheu. Respeitamos muito as pessoas que demonstram preocupação com o bem maior da instituição e dos que aqui convivem. O segundo é o fato de o Colégio estar completamente desvinculado de interesses financeiros. Nossas metas condizem com um objetivo maior”, explicou.
De acordo com a professora Munira Salomão, o prazer em fazer o que gosta faz o tempo passar solenemente. “Por fazer o que gosto, não senti o tempo passar. E passou muito rápido. A vantagem de lidar com um público jovem é que, com essa convivência, nos sentimos sempre jovens. O Colégio mudou muito, mas o mundo também mudou. Felizmente, a mudança aqui foi sempre para melhor“, afirmou.
A coordenadora do Departamento de Biologia, profª Anthéia Sasson, demonstrou alegria pela maneira como foi recepcionada na solenidade. “Fico feliz de ver como fui recebida no evento. Tenho muitos amigos de trabalho, e fico feliz de ter trabalhado todo esse tempo no Colégio”, explicou. “Faz 45 anos que trabalho aqui, mas também sou ex-aluna. Estudei nove anos no Dante. Passei bem mais da metade da minha vida aqui”, afirmou a professora.
A professora Suely Matiskei concordou plenamente com a professora Munira e destacou algumas mudanças tecnológicas com que o Colégio e o mundo conviveram nas últimas décadas. “Quando entrei aqui, a televisão em cores ainda estava chegando ao país. Era um privilégio tê-la. Depois, chegaram os computadores, grandes e lentos. Passados os anos, vieram os telefones sem fio, os notebooks, os celulares e hoje testemunhamos a grande presença dos tablets”, explicou. “Até a linguagem mudou. Hoje falamos palavras novas, como ‘teclar’ e ‘deletar’. Quando vivemos nesse vórtice de mudanças, aprendemos a estar sempre à frente em busca de novidades que auxiliem no ensino.”
Apesar da celebração das novidades, nem sempre as mudanças são recebidas sem algum temor. “O que achei que estranharíamos foi o fim do uso do giz em sala de aula. Ele servia a todos os professores, e, de repente, vieram as lousas brancas e digitais. Mas é fácil adaptar-se ao melhor. Se não tivéssemos as tecnologias antigas não teríamos chegado a esse ponto, mas não é por isso que precisamos continuar usando os mesmos aparatos, se há possibilidades aprimoradas para substituir as opções obsoletas”, complementou a professora Suely.
Para a responsável pelo departamento de Comunicação Visual e Arte do Colégio, profª Ilda Loschiavo, o seu começo de carreira no Colégio, 45 anos atrás, foi quase um golpe de sorte. “Vim matricular o meu filho aqui e, enquanto ele fazia uma prova de admissão, fui conhecer as dependências da instituição. Perguntaram a mim qual era a minha profissão e contei que era professora de Artes, mas que a escola em que trabalhava ia fechar. Com isso, fui conduzida a uma sala e conversei com o diretor geral pedagógico e o financeiro. Perguntaram muito sobre arte, gostaram do que falei e me deram o prazo de dez dias para trazer exemplos do que eu disse. Trouxe tudo, fui contratada e estou feliz até hoje aqui”, discursou.
A longeva permanência dos colaboradores no Colégio acarreta, à instituição, consequências positivas importantes. O diretor geral pedagógico do Dante, prof. Lauro Spaggiari, destacou a situação dos educadores. “Ter um quadro estável de educadores mostra aos pais, em primeiro lugar, que esses são profissionais qualificados para a função que exercem. Em segundo lugar, demonstra o seu alinhamento com a proposta pedagógica da escola. Eles são educadores que se preocuparam, ao longo dos anos, com a sua formação continuada, que lhes permitiu manter um diálogo atualizado com as várias gerações com que trabalharam aqui,” explicou.
“Com esta homenagem da entrega dos bótons, a instituição demonstra o reconhecimento pela dedicação de todos eles à causa da educação. Em especial os educadores, que dedicaram esses anos de trabalho para que alunos de várias épocas estivessem, ao deixar o Colégio, preparados para as próximas etapas de suas vidas, tanto no campo profissional quanto no pessoal”, concluiu o professor Lauro.
