Alunos do 5º ano fazem estudo de obras indígenas expostas no MASP

Publicado em 13 de abril de 2023 às 18:14
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Em 2023, o Dante inaugurou com o Museu de Arte de São Paulo (MASP) uma parceria para o desenvolvimento de práticas pedagógicas nas dependências do próprio museu. A ideia é fazer com que o espaço museológico seja um local de estudo e criação, isto é, uma extensão da sala de aula e do ateliê de arte.

Dentro dessa proposta, entre os dias 29 e 31 de março, as turmas do 5º ano visitaram o MASP para conhecer a exposição temporária “Mahku: Mirações”. O objetivo era que os alunos reunissem referências sobre o Mahku (Movimento dos Artistas Huni Kuin) e estabelecessem relações entre as obras expostas, dando continuidade ao trabalho iniciado no ateliê.

Dantianos do 5º ano visitam exposição de obras indígenas no MASP

Fundado em 2013, o Mahku é um coletivo de artistas baseados entre o município de Jordão e a aldeia Chico Curumim, na terra indígena Kaxinawá, no estado do Acre. Trata-se da maior exposição já realizada com o grupo, reunindo 108 trabalhos – dos quais 58 pertencem ao MASP –, entre pinturas, desenhos e esculturas.

“A exposição apresenta obras abstratas e outras mais figurativas, oferecendo uma mistura interessante. Por isso, entendemos que seria uma oportunidade importante para os alunos aumentarem seu repertório artístico-cultural”, explica a professora de arte Lívia Diniz Ayres de Freitas.

Alunos do Dante visitam exposição de obras indígenas no MASP

Desafio e atividade “mão na massa”

No museu, a atividade foi dividida em duas etapas: na primeira, cada grupo de alunos respondeu a um questionário com perguntas técnicas sobre as obras encontradas a partir de pistas deixadas pelos professores. Na sequência, eles tiveram que analisar uma criação que, em seu entendimento, fosse completamente diferente da anterior. O desfecho foi uma conversa em que os estudantes relataram suas impressões acerca dos trabalhos, elaborando em seguida uma lista com dúvidas a serem resolvidas em sala de aula. 

Já a segunda etapa foi uma oficina criativa. Na oportunidade, ainda dentro do MASP, os alunos fizeram desenhos com lápis grafite para contar uma história sobre sua relação com a natureza e as paisagens naturais e urbanas, podendo se inspirar nas obras da mostra. As criações elaboradas a partir dessa atividade serão expostas mais tarde na escola para toda a comunidade dantiana.

De acordo com a professora Lívia, a visita à exposição contribui para a quebra de estereótipos em relação à arte desenvolvida por indígenas. “É importante que os alunos tenham a visão de que o artista indígena não necessariamente é aquele que faz artesanato. No museu, eles entenderam que o artista indígena também produz obras de arte para reflexão e apreciação, que se relacionam com o contexto de vida deles.”

A docente ainda comentou sobre o acesso exclusivo ao MASP, uma das prerrogativas que resultaram da parceria. “Foi fantástico, porque os alunos tiveram o seu próprio tempo e se sentiram muito mais à vontade para fazer a análise das obras. Ter essa oportunidade de visitar o museu aberto só para o seu grupo foi muito importante para o aprendizado deles”, conclui a professora Lívia.

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