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No começo do mês de outubro, os alunos do 8º ano que estão na Fase 1 do Programa Cientista Aprendiz participaram de uma atividade de ciência forense cuja proposta era a solução de um crime fictício. O caso envolvia o desaparecimento, em uma sala de aula do Colégio, de um álbum de figurinhas completo da Copa do Mundo de 2022, pertencente ao dantiano imaginário Kevin di Bruno.
A missão dos alunos era trabalhar em grupo, tal como peritos, a fim de descobrir quem havia cometido o delito a partir da análise dos vestígios deixados na cena do crime: uma mesa – último local onde Kevin deixou o álbum. Com o auxílio das imagens da câmera de segurança do corredor foi possível identificar quatro suspeitos, e os alunos entraram em ação.
Meu álbum de figurinhas sumiu, e agora?
Primeiro, os alunos analisaram as impressões digitais presentes na cena do crime e montaram a Ficha de Arquivamento do suspeito, identificando o tipo de impressão (presilha interna, presilha externa ou verticilo) para cada dedo. Depois, os alunos fizeram o teste colorimétrico de Kastle-Meyer para identificar se uma mancha vermelha que havia na cena do crime era sangue ou apenas tinta de caneta.
Em seguida, os alunos executaram experimentos para descobrir quem seriam os donos das canetas encontradas no local. Por fim, examinaram a drágea branca presente na cena do crime a fim de verificar se o comprimido era o mesmo da cartela que estava nas mãos de uma das suspeitas. Após colher e analisar todos esses dados, os dantianos indicaram o principal suspeito do sumiço do álbum de figurinhas, desvendando o crime.
Ciência forense e a metodologia científica
O objetivo pedagógico da atividade foi integrar a realidade, a teoria e a prática para despertar o interesse dos alunos pelo conhecimento científico químico por meio da ciência forense. “A proposta foi apresentar aos alunos a ciência forense, que é uma das linhas de pesquisa da química. Os alunos foram participativos e se envolveram com a atividade. Por meio da metodologia científica eles entenderam a importância de coletar e analisar os dados antes de determinar algo como verdade absoluta”, explica a professora de química Naãma Cristina Vaciloto.
A atividade investigativa teve um retorno positivo entre os alunos. “Eu gostei bastante da parte em que tínhamos que analisar as substâncias e macerar os comprimidos para ver se eles eram iguais ao presente na cartela de medicamento. Eu me senti como uma cientista de verdade”, relata a dantiana Giovanna Seeman de Grazia, do 8º ano K.
O aluno Eduardo Tsiang, do 8º ano J, completa: “O trabalho em grupo apenas deixou a atividade ainda mais dinâmica e fluida. É interessante porque cada um traz uma hipótese, há um confronto de ideias diferentes, o que permite uma visão mais ampla da situação. E, de sobra, ainda acabamos conhecendo mais pessoas”.