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O Departamento de Ciências da Natureza e Biologia do Colégio Dante Alighieri ofereceu diversos módulos para alunos do Ensino Médio no mês de março. Vários assuntos foram tratados nos diferentes encontros, entre os quais fungos, bioenergética e evolução biológica. Essas atividades têm o propósito de amplificar os temas vistos em sala de aula, uma vez que, pelo planejamento letivo, não podem ser aprofundados no período curricular.
A coordenadora do departamento, professora Sandra Tonidandel, afirmou que o detalhamento de conteúdos enriquece o conhecimento dos estudantes, estendendo o aprendizado para a realidade social. “Os módulos são um bom complemento aos estudos dos alunos. É um importante diferencial para o ensino deles, pois os encontros oferecem novas visões e complementam o conhecimento, tornando a biologia mais presente na vida deles”, explicou. Há módulos programados para os meses de abril, maio e junho.
Evolução
O último módulo, realizado em março, e ministrado pelos professores Renato Correa e Paula Reis, abordou a evolução biológica. Além do naturalista Charles Darwin, cuja vida e linha de pensamento nortearam o encontro, outros pensadores que trabalharam com esse tema foram citados. Entre eles, Jean-Baptiste de Lamarck, naturalista de uma geração anterior à de Darwin e responsável pela teoria dos caracteres adquiridos.
Foram também apresentadas questões relativas à religião, tendo em vista que, em séculos anteriores, a ideia do criacionismo predominou nas explicações sobre a história do mundo. O fixismo, doutrina que pregava a criação das espécies por obra de um ser divino e que estabelecia características permanentes – ou seja, fixas, imutáveis – de cada ser foi igualmente focalizado.
A respeito da vida pessoal de Darwin, os professores destacaram passagens referentes à sua infância, quando ele acompanhava o pai no atendimento médico a pessoa carentes, fato que, pela delicadeza das situações, o fez desistir de medicina. Por isso, ele foi destinado a ser o religioso da família. Em seu centro de estudos, acabou ganhando destaque pelo exímio desempenho no estudo das ciências da natureza e na taxidermia. Por essa razão, um de seus professores, convidado a participar de uma viagem exploratória pelo mundo, indicou o jovem cientista à expedição fatídica que deu origem à sua teoria sobre a evolução e ao livro “A origem das espécies” (publicado em 1859). À época do início da viagem – que, esperava-se, levaria dois anos, mas acabou levando quase cinco – Charles tinha 22 anos.
A passagem de Darwin pelo Brasil também foi assunto nesse módulo. Os relatos em seu diário possuem emoções e impressões bem distintas. Por um lado, Darwin ficou fascinado pela riqueza da fauna e flora da região, tanto quanto pela exuberância da natureza tropical – ele relatou que nada seria mais emocionante de se ver do que uma chuva em terras tropicais. Por outro, o naturalista ficou abismado com o regime escravagista vigente no país e com a ampla desigualdade social constatada.
