Aluno do Dante participa de feira de ciências na Holanda

Publicado em 20 de junho de 2012 às 13:19
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O aluno da 3ª série do Ensino Médio Victor Marelli Thut foi, no meio de junho, à Holanda para participar da International Environment Scientific Project Olympiad 2012, uma feira científica focada em meio ambiente e sustentabilidade. Victor representou o Brasil junto a integrantes de dois outros projetos de escolas do Rio Grande do Sul. Ao todo, havia representantes de mais de 40 países no evento.

O projeto de Victor, iniciado em 2009, é destinado à captura de dióxido de carbono (CO²), composto liberado com a queima de combustíveis, por meio de microorganismos capazes de fazê-lo naturalmente. “Tenho estudado microorganismos fotossintetizantes. Ou seja: microorganismos que passam pelo processo natural por que árvores e plantas passam. O objetivo é absorver um dos principais causadores do aquecimento global. Descobri que eles podem ser mais eficientes que plantas em geral. Crescem muito mais rápido e absorvem mais”, explicou.

Victor explicou que, posteriormente, surgiu a ideia de levar o aparato para moradias, e não para indústrias. O objetivo seria que cada residência fosse capaz de amenizar o impacto ambiental causado por seus moradores. “Mas ninguém gostaria de ficar cultivando os microorganismos. Então desenvolvi um aparato que o faria de maneira autônoma”, explicou o aluno, que participou de diversas feiras apresentando o projeto. “Ele não está pronto. Foram feitos alguns testes, mas é necessário melhorar a sua capacidade de absorção. Por ora, o trabalho não obteve resultados significantes.”

Na viagem, no entanto, o que mais chamou a atenção de Victor não foi a feira, realizada na Utrecht University. Para ele, a melhor parte foi a visita a uma escola da região. Lá, ele constatou que o Colégio Dante Alighieri é bastante eficiente no incentivo ao uso de novas tecnologias. “No colégio em que fomos, os alunos mal têm um laboratório e não há qualquer parceria para o uso de laboratórios de grandes empresas, diferente daqui, onde temos laboratórios e parceiros”, afirmou. “Outro sinal de que estamos à frente é o fato de eles estarem planejando fazer um piloto com o uso de tablets em 2013, sendo que fizemos o nosso em 2011.”

Posteriormente, os representantes conversaram com a secretária de sustentabilidade de Amsterdã e, pelo que Victor constatou, as realidades dos países são bem diferentes. “Perguntei o que faziam com o lixo gerado, e ela disse que queimam absolutamente tudo. Não há aterros, nem coleta seletiva. Eles usam a queima para gerar energia”, explicou o aluno, ressaltando um ponto curioso da conversa: “Ela também estranhou quando eu disse que boa parte da energia produzida no Brasil provém de hidrelétricas. Na verdade, ela nem sabia o que são hidrelétricas. Surpresa com a explicação, ela perguntou diversas vezes se a mesma tecnologia não seria viável na Holanda, mas expliquei que não é possível.”

Outro ponto forte de ir a eventos internacionais, segundo Victor, é o contato feito com pessoas de todo o mundo. “Sempre que vou a um evento volto com cerca de dez novos contatos de aproximadamente cinco países. Dessa vez, conversei muito com pessoas da Bósnia e Áustria. E é interessante conhecer as realidades de lugares distantes”, concluiu.

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