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No dia 20 de maio, o auditório Miro Noschese recebeu os alunos do 9º ano e do Ensino Médio para a realização do 1º Simpósio “Desastres Naturais Existem?”, promovido pelos departamentos de História e Geografia. Na presença dos professores de geografia Otacílio de Souza e Danilo Mesquita e da professora de história Laís Olivato, o objetivo da atividade foi promover um debate acadêmico a respeito da ação do homem como agente catalisador de acidentes naturais.
O evento contou também com a participação de Jackson de Farias, coordenador de História, Filosofia e Sociologia, e de Marcia Saltini, coordenadora do Departamento de Geografia. Os alunos apresentaram sete casos de eventos considerados “desastres naturais”, visando demonstrar através de dados, estatísticas e gráficos que os fenômenos naturais que provocaram esses eventos foram intensificados ou agravados pela ação antrópica e pela ausência de assistências políticas, sociais e governamentais eficientes. Os casos foram:
- Furacão Katrina;
- A seca no sertão nordestino;
- A tragédia em Brumadinho;
- A tragédia na caverna na Tailândia;
- A tragédia em Petrópolis;
- Sismo de Kobe, no Japão, de 1995, em contraste com o sismo do Haiti de 2010;
- Temporal em Maripá.
Desmatamento excessivo nas beiras dos rios, poluição do ar, aquecimento global, negligência do Estado e das instituições privadas, descuido humano, prioridade ao dinheiro em detrimento da segurança, desigualdade na distribuição de recursos, falta de proteção social aos cidadãos e falhas socioeconômicas políticas ligadas à infraestrutura da região onde ocorreu o caso foram apontadas como as principais razões para os “desastres naturais”.
“Os fenômenos naturais de fato acontecem, mas quem os intensifica, transformando-os em desastres, é a ação humana na troposfera, de modo que a maneira que o governo estrutura logisticamente, politicamente e socialmente o país é determinante para a ocorrência (ou não) desses desastres e de eventuais consequências sobre a população”, afirmou o dantiano João Miguel Sastre, da 1ª série I, durante a abertura do simpósio.
Novo Ensino Médio
Segundo o professor Danilo Mesquita, o simpósio é importante diante da atual conjuntura de emergência climática e do novo Ensino Médio, que impulsiona o protagonismo do aluno no processo de aprendizagem.
“É significativo para o desenvolvimento individual e acadêmico dos alunos. É muito importante também no contexto do Ensino Médio que nós nos encontramos, de modo que este é um evento que mostra qual é o semblante das ciências humanas no novo Ensino Médio. É uma oportunidade que os alunos têm de trocar experiências e que os professores têm de mostrar o trabalho que eles realizam. É interessante para os estudantes ter contato com outras formas de conhecimento e outras maneiras de aprender e de ensinar”, explica Danilo.
Para a aluna Carolina Astua, da 1ª série A, o simpósio foi uma oportunidade de colocar em prática um pouco do conhecimento das ciências humanas. “Nas escolas é muito comum vermos atividades extracurriculares relacionadas à área de ciências exatas. Em contrapartida, eu sinto que nós, alunos de humanas, não temos muitas oportunidades para exercitar e avaliar nosso conhecimento, e o simpósio foi de grande ganho nesse sentido”, revela Carolina.
Já para a dantiana Flávia Sant’Anna, da 1ª série B, a atividade foi importante para adquirir novas experiências. “Eu acho legal ter a chance de ouvir outras perspectivas sobre o mesmo assunto, saber de mais casos para conscientizar todos e ter um espaço para expor nossas próprias opiniões”, conta Flávia.
Expectativa por mais
Após o sucesso da atividade, a intenção do Colégio é promover regularmente, a partir do segundo semestre, eventos, simpósios, encontros e debates que envolvam os departamentos de História, Geografia, Filosofia e Ciências Humanas, indo ao encontro das determinações do novo Ensino Médio.
