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No dia 10 de outubro, o Dante encerrou sua XVIII Olimpíada Interna. O evento, que vinha sendo realizado desde 15 de abril, contemplou cinco modalidades esportivas: handebol, futsal, basquete, vôlei e atletismo, esportes para os quais o Colégio oferece treinamentos para as modalidades coletivas. Além da competição, a celebração representa uma oportunidade de desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos dantianos.
Neste ano, o Colégio registrou a marca histórica de 654 jogos em modalidades coletivas, o que representa um aumento de mais de 200 partidas em comparação à última olimpíada. Com o sucesso do evento, mais de 1700 alunos se inscreveram para participar, um número notável de jovens que recebem o incentivo ao esporte e procuram aprender com uma celebração tradicional do Dante. “As Olimpíadas Internas começaram em 1981, tendo uma pequena pausa em 1986, retornando em 1989 com o nome de I Copa Giannicola Matarazzo, em homenagem ao presidente que havia acabado de terminar seu mandato. Em 1991 tivemos a mudança do nome para II Olimpíada Interna, e a partir daí temos olimpíada a cada dois anos. É um dos maiores eventos do Dante, que mobiliza muito a escola e os alunos. A cultura do Colégio sempre foi voltada para o esporte, desde a década de 1920, com os times de futebol, até hoje. Como departamento sempre procuramos manter a tradição e a cultura do Colégio”, explicou João Rafael Ranieri, coordenador do Departamento de Esportes.
“Uma curiosidade é que muitos atletas que jogam nas seleções do Colégio foram descobertos em jogos das olimpíadas, e a partir daí são convidados pelos técnicos a fazer testes e ingressar nas equipes dantianas”, complementa o coordenador.
Além do envolvimento esportivo dos alunos, a Olimpíada Interna do Dante tem por objetivo trabalhar o desenvolvimento do lado socioemocional que contempla as partidas. Como explica João Rafael, a competição traz à tona diversos sentimentos que devem ser abordados com cautela. “Considero o esporte muito importante pois os alunos aprendem a lidar com a frustração ou a derrota, e isso representa hoje uma dificuldade que as crianças têm. O esporte também ensina que temos que ter pontualidade, disciplina, organização, respeito ao colega de equipe e ao adversário e atenção à hierarquia, no caso de professores e árbitros.”
Ligada aos valores do Colégio, a Olimpíada Interna contempla a ética dantiana e busca conciliar o respeito com a competitividade. Como explica o dr. José Luiz Farina, presidente do Dante e ex-atleta do Colégio, a prática esportiva transcende as quadras e é fundamental para o desenvolvimento de um cidadão. “A educação por meio do esporte nos condiciona a saber ouvir, saber responder, esperar a hora correta de falar, aguardar uma boa oportunidade, não brigar, não levantar a voz… Isso tudo se aprende com uma vivência esportiva. O Dante sempre teve equipes muito boas, e o interessante é que todas as pessoas que jogaram aqui são profissionais vencedores, como cientistas, médicos, engenheiros e advogados. E, além de tudo, são pessoas brilhantes.”
Jogos que marcam
Jogos na Olimpíada Interna do Dante e a participação nas seleções do Colégio são uma tradição do que marca ex-alunos até hoje. Como exemplo disso, temos o próprio coordenador do Departamento de Esportes, nosso presidente e o treinador de basquete Rafael Sousa.
“Como ex-aluno, eu me lembro de todas as quatro olimpíadas de que participei, e isso é muito marcante na vida de quem estudou aqui. Ao perguntar para ex-alunos, todos se lembram das Olimpíadas, os jogos decisivos, se foram campeões, os colegas de classe… A Olimpíada sempre marca muito as pessoas”, relembrou João Rafael.
O presidente do Colégio, dr. Farina, contou sobre as competições de atletismo em que representou o Dante. “Disputei o primeiro campeonato estadual de atletismo na década de 1960 e ganhei a final contra o Santa Cruz e o Rio Branco. Garanti a medalha no salto, não era minha especialidade, mas foi a última categoria cujos pontos foram somados à pontuação final. Tive que correr como nunca e saltar muito longe, foi um milagre, pois os outros competidores eram bem mais altos do que eu! Quando terminei o salto, todos vieram me abraçar e eu fiquei sufocado naquele banco de areia, o Dante ficou em primeiro! Após o feito, disputamos contra os colégios do interior, na pista de atletismo do Pacaembu, seguimos uma estratégia e fizemos uma corrida excepcional, com um tempo que é recorde até hoje. Até me emociono ao lembrar que fomos o primeiro campeão estadual.”
Rafael Sousa disputou quatro Olimpíadas Internas do Dante e ressaltou a importância dos jogos para sua vida. “A Olimpíada foi algo que me prendeu ao esporte. Joguei basquete a vida inteira pelo Dante e as Olimpíadas me motivaram ainda mais a seguir minha carreira como professor de basquete e educação física, porque eu vi que de alguma maneira o esporte estava mudando a minha vida, mudou alguns comportamentos e me deu vários valores atrelados à ética.”
