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Em 2018, a High School lançou os clubs, clubes de atividades extracurriculares nos quais os alunos se reúnem por afinidade e sempre contam com a supervisão de um professor. Assim como em todo o programa de High School, as atividades dos clubs são feitas em inglês. Cada turma trabalha com um tema, de voluntariado a investimentos financeiros e teatro. E o Theater Club, capitaneado pelo professor Danny Renaud, trabalhou durante todo o ano não apenas atuação como também tudo o que envolve uma apresentação de teatro: expressão, vocabulário, oratória, planejamento, calendário, organização, figurino, maquiagem, roteiro, iluminação, som etc. No final, a turma apresentou o musical “The Lion King”, com 14 cenas, no dia 9 de novembro. A peça foi um sucesso: o auditório Miro Noschese ficou lotado de amigos e familiares, e os alunos foram aplaudidos de pé.
“Foi uma iniciativa muito ambiciosa e deu muito trabalho, mas no final todos nós nos divertimos e aprendemos muito. Sem contar que o clube de teatro se tornou o maior da High School, contando com 30 alunos no início e encerrando o ano com 23 membros – as classes do programa têm em geral cerca de 25 estudantes, então era mesmo um grupo grande”, conta Danny. Os alunos tiveram que aprender a dividir bem as tarefas e se organizar em equipes para dar conta de tudo, desenvolvendo habilidades como autonomia, responsabilidade, organização e liderança. Segundo Danny, o objetivo era que eles se sentissem no controle e fossem protagonistas. Além disso, o professor acredita que estudar artes cênicas ajuda muito os estudantes que, na complicada fase da adolescência, sofrem com timidez e baixa autoestima. “Eles realmente desabrocharam, e pudemos perceber uma diferença significativa na postura deles do começo para o final do curso. Agora, eles se expressam muito melhor e são mais confiantes e extrovertidos.”
Danny ensina literatura inglesa e técnicas de discurso na High School, mas também estudou teatro durante quatro anos quando era jovem, se apresentando em peças por todo o Reino Unido – ele é londrino e mora no Brasil há 10 anos, trabalhando no Dante desde 2016. “A experiência na Drama School foi uma das coisas mais memoráveis que já fiz na vida e, assim como meus alunos hoje, essa vivência provocou em mim uma transformação única e profunda”, recorda ele. E a peça não foi escolhida à toa – o professor já morou em diversos países, incluindo China e Egito, e quis mostrar aos seus alunos como viajar e fazer intercâmbio proporcionam o conhecimento de novas culturas e a quebra de preconceitos. “O ‘Rei Leão’ é uma história africana, que traz muito das tradições de lá. Minha intenção foi abrir a cabeça dos estudantes e mostrar a eles que em todo país existem coisas boas e ruins, nenhum lugar é perfeito, mas devemos valorizar todas as culturas.”
