Dantiano conquista primeiro lugar na categoria Ciências Humanas da Febic com projeto do Cientista Aprendiz

Publicado em 28 de novembro de 2022 às 15:21
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O estudante Enzo de Almeida Alencar Padilha Xavier, da 2ª série D, conquistou o primeiro lugar na categoria Ciências Humanas da Feira Brasileira de Iniciação Científica (Febic), realizada entre os dias 7 e 11 de novembro, na cidade de Pomerode, em Santa Catarina. Organizada pela Prefeitura Municipal de Pomerode e pelo Instituto Brasileiro de Iniciação Científica, a feira tem como objetivo promover a cultura científica e oferecer um ambiente de integração e troca de experiências entre estudantes e professores.

Além do primeiro lugar em Ciências Humanas, o projeto de Enzo, intitulado “Neto Digital: a conexão intergeracional e a inclusão digital da terceira idade”, obteve o prêmio Destaque em Criatividade e o credenciamento para a Copa Science, na cidade de Guadalajara, no México, e para a Sabertec – Mostra de educação, ciência, tecnologia e cultura do IFSUL. Ainda este ano, Enzo conquistou o terceiro lugar na categoria Ciências Humanas da FeNaDANTE e, a partir desse feito, o credenciamento para a I Giovani e Le Science, em Milão, na Itália. No passado, em 2019, o projeto do dantiano chegou a ser divulgado na revista Qualé.

O desenvolvimento do projeto

Enzo começou a desenvolver seu projeto no programa de pré-iniciação científica do Dante, o Cientista Aprendiz, no qual ingressou em 2019, quando ainda era aluno do 8º ano do Ensino Fundamental. Com o suporte de sua orientadora de pesquisa, a professora Verônica Cannatá, coordenadora de Tecnologia Educacional, o dantiano pretende desenvolver uma plataforma digital que aproxime idosos de jovens, estabelecendo um elo de aprendizagem intergeracional, no qual a terceira idade terá uma oportunidade de aprender a utilizar o celular e os jovens poderão compreender melhor as diferentes situações do dia a dia que envolvem o uso da tecnologia.

“A plataforma inicial será um site, mas com o tempo se tornará um aplicativo. A ideia é que a partir da parceria com ONGs de assistência à terceira idade e com instituições de ensino seja criada uma conexão geracional. Isso irá acontecer da seguinte forma: as ONGs irão cadastrar no site os idosos e as instituições de ensino, os jovens. Daí em diante as ONGs entrarão em contato com as instituições de ensino e os alunos irão visitar as pessoas da terceira idade ou vice-versa. É uma oportunidade única para os dois lados: os idosos terão a chance de aprender mais sobre o mundo digital e os jovens poderão obter diversos outros conhecimentos a partir da vivência com os mais velhos”, explica o dantiano.


Após coletar dados a fim de mapear o perfil dos idosos e dos futuros jovens voluntários, Enzo agora está na fase de buscar parcerias e prototipar a plataforma que abrigará seu site e futuro aplicativo. “O idoso que conta com uma família mais estruturada e que costuma receber a visita regular de familiares não sente a necessidade de uma ajuda externa; em contrapartida, quando o idoso não tem esse acolhimento familiar tão estável, ele demonstra o interesse em estar com alguém que o ensine a usar a tecnologia”, avalia a professora Verônica, orientadora do projeto.

Inclusão e intervenção social

O projeto nasceu da forte relação entre Enzo e sua avó, Edith de Almeida Alencar, que costumava ter dificuldades em mexer com dispositivos eletrônicos para se comunicar com familiares. “Minha avó é a inspiração para o projeto. Foi a partir dela que eu comecei a notar que os mais velhos precisavam de auxílio para lidar com o mundo digital e comecei a fazer trabalhos voluntários em asilos para ajudá-los a mexer no celular. Em 2019 entrei no Cientista para expandir a ação e alcançar mais idosos”, revela Enzo.

Para a professora Verônica, o projeto do aluno promove, sobretudo, uma intervenção social. “Quando Enzo apresenta seu trabalho para alguém, ele acaba por despertar nessa pessoa o interesse em enxergar o idoso de uma forma mais acolhedora e inclusiva. É uma conquista que valoriza a ciência e o lado humanitário.”

Cientista Aprendiz formando humanos

De acordo com o dantiano, o Cientista Aprendiz foi fundamental para o desenrolar do projeto e para seu crescimento acadêmico. “No Cientista Aprendiz eu evoluí como aluno e como pessoa: além de escrever e de me comunicar melhor, hoje eu dou mais valor para qualquer pesquisa porque eu tenho noção de todo o processo e de todos os esforços envolvidos. O programa me tornou ainda mais humano.”

Projeto alcança mais lugares e pessoas

A professora Verônica ainda destaca a dedicação do aluno durante todo o processo. “Enzo é um estudante muito empenhado e, tudo que ele se propõe a fazer, ele faz com excelência. Eu fiquei muito orgulhosa com a premiação na Febic e com o credenciamento para feiras internacionais: o reconhecimento é importante porque sinaliza ao aluno que o projeto é relevante. Cada vez que ele apresenta o projeto em uma feira diferente, é como se a voz dele chegasse a lugares mais distantes e alcançasse mais pessoas.”

Por sua vez, o estudante ressalta a importância da ajuda da orientadora. “A ajuda da professora Verônica foi crucial para o projeto: sem ela, ele não existiria. Em muitos momentos ela me deu as direções, me orientando a seguir por um determinado caminho e me dando sugestões de melhorias e aperfeiçoamentos.”

Sobre o 1º lugar na Febic em Ciências Humanas, Enzo ainda completa: “É uma conquista que me despertou um sentimento novo, durante a premiação eu lembrei da minha avó, então é como se ela estivesse o tempo todo comigo. O projeto é para ela”.

Imagem: freepik.com

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