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Uma série de atividades de Ciências realizada no Colégio Dante Alighieri foi apontada, pela revista Nova Educação, como exemplo inovador de metodologia de ensino. Publicada em setembro, a sugestão de aula, indicada a alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, aborda a evolução biológica. Esse modelo de atividade é dado em sala de aula pelo professor Peterson Lopes.
Como abordado na matéria, escrita por Paula Peres e com fotografias de Zé Carlos Barretta, o professor Peterson decidiu problematizar a questão. Em vez de falar da evolução de modo superficial e sem demandar ações ativas dos alunos, decidiu colocá-los então na posição de investigadores. Pelo passo a passo apontado pela revista, nota-se que a expectativa é de haver grande engajamento dos participantes.
O primeiro passo é o convite aos alunos para o debate sobre a evolução, mas transformando-os em exploradores em um ambiente imaginário: o pátio dos Dinossauros, espaço no qual os pesquisadores encontrariam animais da época jurássica. O segundo é pedir aos alunos que, divididos em grupos de três a cinco pessoas, identifiquem as características principais de quatro animais de períodos diversos – tiranossauro, javali, crocodilo-imperador e galo-banquiva – buscando semelhanças e diferenças.
A reportagem se preocupou em fazer uma descrição sobre a disposição dos materiais: “Para a pesquisa e classificação, cada equipe recebeu um kit de materiais composto de quatro latas (cada uma delas trazendo, no rótulo, perguntas-chave e imagens de estruturas corporais e esqueletos de um dos seres), pregadores com indicações de características físicas dos seres, potes de diferentes tamanhos (para agrupar as latas de animais semelhantes) e uma bandeja representando o universo.”
Para isso, Peterson ressaltou, na matéria, a importância do incentivo aos alunos para que usem dados concretos – os que estão dispostos nas latas –, e não elaborem hipóteses intuitivas. “Nós, professores, fornecemos dados, sugerimos revisões e solicitamos que a garotada preste bastante atenção a detalhes que passaram despercebidos”, afirmou.
O terceiro é a condução, pelo professor, das discussões dos alunos, bem como a sugestão para que repensem os critérios escolhidos para a formação dos grupos de animais, como disposto em um cladograma feito de madeira e latas com colagens de cada animal. A quarta e última etapa é a montagem final: com o agrupamento definido, orienta-se a montagem do cladograma.
