Médica ministra palestra no Dante sobre transtornos mentais na infância e na adolescência

Publicado em 12 de agosto de 2022 às 9:30
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Dando prosseguimento ao ciclo de palestras que visa estreitar os laços entre escola e famílias, o Dante recebeu no dia 4 de agosto a médica psiquiatra Ana Cecilia Marques, doutora em ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD).

Com boa presença de pais, responsáveis e professores, o encontro realizado no auditório Miro Noschese promoveu uma conversa sobre transtornos mentais na infância e na adolescência. Esta é a segunda vez que Ana Cecilia visita o Colégio para um evento do tipo no ano – em junho, ela discorreu sobre prevenção contra o uso de drogas psicoativas.

Transtornos mentais na infância e na adolescência

“Estou feliz porque hoje temos mais pessoas, mais responsáveis. Toda a equipe se mobiliza para que possamos levar até vocês essa palavra, que, às vezes, mexe um pouco conosco, mas que é importante. As orientadoras, os coordenadores de relações humanas, as professoras e as diretoras estão aí para continuar o diálogo. Essa conexão que estabelecemos com vocês dá o tom, e acreditamos que pode ser a diferença para os nossos queridos alunos”, afirmou a professora Valdenice M. M. de Cerqueira, diretora-geral educacional do Dante, ao público presente no evento.

Em quase duas horas de exposição, Ana Cecilia Marques falou sobre os fatores de risco para doenças psiquiátricas como depressão, transtorno de ansiedade e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Além disso, ela tirou dúvidas acerca de tratamentos e ações para mitigar e prevenir os efeitos de tais distúrbios.

Embora a saúde mental tenha ganhado projeção nos últimos anos em decorrência da pandemia, a psiquiatra ainda enxerga certa resistência por parte da sociedade em se debater o assunto. “Temos que diminuir o preconceito sobre esse tema, porque o preconceito nos afasta do conhecimento. Os pais precisam entender que o cérebro também adoece e que existem doenças mentais que podem ser estabilizadas, de modo que a pessoa tenha uma vida normal.”

De acordo com Ana Cecilia, é importante que a escola, como difusora do conhecimento, abra suas portas e estabeleça uma parceria com pais e responsáveis, de forma a instruí-los na promoção de uma vida mais saudável para seus filhos. “Assim como a família, a missão da escola é formar os adolescentes, as crianças. Eles, por meio dos próprios pais, podem aprender as coisas que foram discutidas aqui – o que é transtorno de atenção, transtorno depressivo etc. Assim, eles vão olhar como mais uma questão humana e crescerão como uma geração que tem menos preconceito. Aproximar-se do conhecimento faz com que a pessoa viva melhor”, ressalta.

Com vasta experiência na condução de projetos voltados à saúde de crianças e adolescentes, Ana Cecilia reitera que as instituições de ensino precisam estar presentes na vida das famílias. “Essa parceria faz toda a diferença. Trabalho com isso há mais de 30 anos, e é muito diferente estar em um ambiente em que a escola e a família trabalham com o mesmo código, com o mesmo modelo de proteção”, conclui.

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