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O comitê gestor discente do Colégio Dante Alighieri recebeu, em 23 de outubro, o jornalista Caio Dib, autor do livro “Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da educação”. Caio havia participado, poucos dias antes, do fórum “Inovação na educação: integrando saberes”, realizado no Dante em 7 de outubro. Naquela ocasião, cinco convidados, entre os quais especialistas em educação e um aluno, participaram do debate, mediado pela coordenadora do Departamento de Tecnologia Educacional, professora Valdenice Minatel.
Caio produziu um livro com dezenas de relatos de educadores de diversas partes do Brasil. Para conhecer experiências diversificadas, ele percorreu diversas partes do país, totalizando 17 mil quilômetros de viagem, durante cinco meses. O resultado dessa imersão no campo da educação foi compilado em seu livro, lançado em 4 de setembro de 2014.
Por conta da riqueza de seus aprendizados, o jornalista foi convidado a participar de uma roda de debate com os alunos do comitê gestor discente. Também participaram da conversa a diretora-geral pedagógica do Dante, professora Silvana Leporace, a coordenadora do Serviço de Orientação Educacional, professora Elenice Ziziotti, a coordenadora do Departamento de Tecnologia Educacional, professora Valdenice Minatel, a assessora de educomunicação, Barbara Endo, e as professoras Solange Giardino e Pâmela Viviam Zuccari Silva.
Primeiramente, Caio falou de sua trajetória até a decisão de percorrer o país. Explicou que, ainda jovem, pensou em diversas possíveis carreiras profissionais. Optou por jornalismo, mas, no decorrer da faculdade, constatou que as atividades específicas dessa área não eram exatamente aquilo que ele gostaria de exercer no futuro. “O que eu queria não era a comunicação usual, e sim inserir um modelo de educação nesse espaço”, disse.
Com isso, enquanto atuava em diversas áreas, passou a pensar em disparidades entre as realidades que nos cercam. “Vendo que eu mal conhecia outras realidades, comecei a circular no Atlas cidades pelas quais eu poderia andar e conhecer pessoas. Em princípio, o foco não era exatamente a educação”, falou.
Embora admirador de modelos vanguardistas de ensino com o uso de tecnologia de ponta, Caio, que abordou o case do Colégio Dante Alighieri no uso de tablets em seu trabalho de conclusão de curso (disponível em pdf aqui), ressentiu-se, porém, da falta de conhecimento nesse campo, cuja realidade expõe situações completamente díspares no país.
“Notei que é importante estar aberto à realidade das pessoas. Há 500 mil realidades diferentes, e então comecei a pensar em como seria interessante buscar escolas que façam um trabalho legal. Certa vez, conversei com um senhor que, ao falar de técnicas de produção de carvão, algo com que ele trabalhava, disse: ‘Mas você já deve saber disso, porque você estudou’. E eu não sabia nada daquilo”, comentou.
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