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O ex-aluno do Dante Marcelo Campos, que tem apenas 19 anos, foi convidado a ingressar no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), do Rio de Janeiro. Além de ter se mudado para a cidade maravilhosa, Marcelo também está concluindo um mestrado junto com a graduação na renomada instituição, que é referência na área. E a trajetória do jovem impressiona: formado no Dante em 2016, passou direto na Universidade de São Paulo no curso de bacharelado em Matemática e, ainda no primeiro ano de graduação, já recebeu o convite da transferência para o Rio. “O Marcelo sempre foi um aluno exemplar e excepcional. Enquanto estudava aqui no Dante, ele participou do Cientista Aprendiz com um projeto de pesquisa bastante complexo sobre números primos e, ainda no Ensino Médio, já tinha sido convidado pela USP para participar de grupos de discussão de matemática dentro da universidade, apesar de ser muito jovem”, conta a professora Miriam Guimarães, assistente de coordenação de ciências.
De fato, entre a 2ª e a 3ª série do Ensino Médio, Marcelo frequentou o grupo de seminário de combinatória organizado pelo professor Yoshiharu no Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP. Logo depois, o jovem cursou um ano de IME-USP seguindo o sonho de infância de ser pesquisador. “O que sempre me fascinou foi tentar descobrir coisas novas e achar jeitos criativos de resolver problemas difíceis. Eu também sempre gostei de matemática, de encontrar padrões e problemas lógicos. Quero seguir a carreira de pesquisador, mas não sei onde vou fazer meu doutorado. Devo acabar o mestrado em 2020 e, se tudo der certo, pretendo acabar a graduação em 2021 pela UFRJ”, explica Marcelo.
Sua pesquisa de mestrado é sobre combinatória, lidando com a contagem e caracterização de certas estruturas finitas ou modelos aleatórios. “Uma das principais áreas de estudo da combinatória é a teoria dos grafos, que lida com ‘redes’ de conexões”, conta o estudante, que considera a sua participação no Cientista Aprendiz uma experiência importante, que o ajudou na atividade que exerce hoje. “Principalmente para me incentivar a pesquisar mais sobre matemática e me ensinar várias habilidades úteis no mundo da pesquisa, como fazer relatórios, perguntar sempre e pedir ajuda para as pessoas certas”, conclui ele.
