Ex-aluna e estagiária do Dante ganha medalha de ouro no iGEM

Publicado em 20 de dezembro de 2019 às 9:45
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A estagiária do Cientista Aprendiz e ex-aluna do Dante Giulia Ramella, que se formou no Ensino Médio em 2015 e atualmente cursa o 7º semestre de biologia na USP, ganhou medalha de ouro em uma competição criada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Giulia integrou uma equipe de estudantes de graduação e pós-graduação da USP que participou do iGEM, a maior competição internacional de engenharia de sistemas biológicos do mundo. O projeto vencedor, desenvolvido pelos brasileiros, chama-se “GenSwitch” e é uma chave interruptora genética para bioprodução ativada por um sensor de luz azul, podendo abrir e fechar circuitos.

Giulia Ramella

“A USP participa da competição desde 2013, e a organização de tudo é feita exclusivamente pelos alunos”, conta Giulia. “Viajei para os Estados Unidos para participar do evento, que foi realizado em Boston, e visitava o MIT durante os intervalos por interesse próprio, porque o iGEM se desvinculou do instituto em 2013, quando se tornou uma fundação sem fins lucrativos. Portanto, não existe nenhuma ligação atual com o MIT, a não ser pela equipe organizadora e por professores que visitam o evento”, explica ela.

O iGEM aconteceu entre o final de outubro e o começo de novembro, reunindo mais de 5 mil alunos vindos de 40 países. Os estudantes ainda puderam conhecer representantes de diversas empresas ligadas a ciência e tecnologia, como IDT, GenScript, Twist, Promega, NASA, Gingko Bioworks e FBI, assim como diferentes fundadores de startups. E, além das medalhas, o iGEM também oferece prêmios especiais em diversas categorias, como meio ambiente, saúde e diagnóstico, em diferentes esferas da competição – como melhores práticas, melhor hardware etc.

Giulia no iGEM

Além da importante conquista de Giulia, o Dante também pretende inovar formando a primeira equipe brasileira de alunos de Educação Básica para participar do iGEM em 2020, já que a competição conta com uma categoria para projetos de Ensino Médio. “A ideia de fazer um time de Ensino Médio no Brasil surgiu a partir do meu trabalho no time da USP, no qual fizemos uma espécie de consultoria para outro colégio particular de São Paulo. Quando eu voltei da competição, fiquei bastante inspirada com os times de High School que vi lá durante o evento e resolvi trazer essa ideia para o Colégio. Montei então um projeto, que pretendemos viabilizar no ano que vem. Mas, por enquanto, ele ainda é embrionário e não temos certeza se sairá do papel”, diz Giulia.

Voltando ao “GenSwitch”, Giulia explica que hoje em dia muitos compostos de interesse, como a insulina, são produzidos por meio da bioprodução – ou seja, dentro de bactérias. Para que isso aconteça (para que a bactéria produza a insulina), o pesquisador coloca no meio em que ela está um reagente químico. Acontece que esses reagentes químicos costumam ser muito caros, e é aí que entra o projeto da equipe da USP. Com o GenSwitch, o reagente químico é substituído por uma luz de LED azul, mais barata e facilmente controlada. “Nosso circuito genético, em teoria, armazena uma memória dentro da bactéria; e isso também poderia viabilizar a programação dela”, conclui a estudante.

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