Categorias: Institucional, Notícias
O Colégio Dante Alighieri recebeu, na tarde de 8 de setembro, a ex-aluna Ana Carolina Paixão Queiroz, que se formou na instituição em 2015 e que agora embarca para os Estados Unidos para iniciar os estudos superiores na Universidade de Stanford. Ela veio conversar com alunos que integram programas como o Cientista Aprendiz e o Grupo de Estudos Experimentais em Tecnologia (GEETec). Contando as experiências que viveu no Dante, ela abordou a importância em participar dessas atividades como forma de enriquecer a formação social dos indivíduos.
Ana, que foi aprovada em sete universidades estadunidenses, também aproveitou para falar de diferenças no processo de admissão no Brasil e nos Estados Unidos. Como as aulas em Stanford só começam no segundo semestre, ela passou a primeira parte do ano estudando Direito na Universidade de São Paulo, uma das universidades brasileiras em que foi aprovada.
Bolsista no Dante, ela contou que, assim que começou a estudar na instituição, sua mãe (funcionária do Colégio hoje com 25 anos dedicados à escola), lhe disse que aproveitasse todas as oportunidades relacionadas a atividades curriculares e extracurriculares. “Ela falava ‘tudo o que tiver nessa escola você faz’, deixando claro que era importante aproveitarmos todos os recursos que a escola poderia oferecer”, disse. Com isso, Ana participou de diversas atividades, entre as quais ginástica olímpica, teatro, a oficina Dante em Foco, o GEETec e o programa Cientista Aprendiz.
Sobre as atividades em robótica, um dos grupos de que participou, ela falou da estranheza em ter sido, durante muito tempo, a única garota da equipe. Ana chegou a se ausentar do grupo, até ser convencida por uma professora da área a retornar à equipe. “Muito obrigada por não terem desistido de mim. A robótica foi o meu primeiro grande passo para me aprofundar no campo da pesquisa e crescer como pessoa”, disse. “Os professores do Dante acreditam muito nos alunos e querem ver o sucesso de todos.”
Ana passou a olhar a questão da representatividade nos grupos de que participa com outros olhos e, hoje, vem formulando um projeto para formar jovens mentoras que auxiliem outras garotas a entrar em áreas relacionadas à STEM, sigla em inglês que, traduzida, significa Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (essa sigla é frequentemente usada em abordagens destinadas a combater o afastamento imposto pela sociedade às mulheres que poderiam ter interesse em atuar nessas áreas). E o próprio Dante serve de referência para a ex-aluna no tocante à valorização das mulheres no campo da tecnologia. “Uma das minhas referências é justamente o fato de o Departamento de Tecnologia do Dante ser coordenado por mulheres”, disse.
Ana também falou de sua experiência no Cientista Aprendiz, grupo no qual ela passou os últimos anos desenvolvendo o premiado trabalho “TPM: Tempo Para Mudanças”, cuja proposta foi “ajudar as adolescentes a compreender e valorizar sua ciclicidade e feminilidade, a partir do conhecimento e reflexão da fisiologia, bioquímica e do ritmo psicológico de seus corpos, superando possíveis desconfortos”. Para alcançar o objetivo, Ana trabalhou com ideias que envolviam, por exemplo, convidar especialistas para conversar com as alunas sobre o tema e ajudar a quebrar tabus. (Clique aqui para obter mais informações sobre o projeto.)
Por fim, a ex-aluna falou de sua experiência na China, onde participou do G(irls)20, um evento destinado ao debate sobre políticas públicas direcionadas às mulheres. Ana representou o Brasil no evento, realizado à mesma época da última reunião da cúpula do G20 – cada uma das participantes do G(irls)20 representou, inclusive, uma das potências participantes dessa cúpula. No final do evento, elas entregaram aos integrantes do G20 um documento com sugestões sobre a valorização das mulheres no mundo. O G(irls)20 também produziu um vídeo com as 20 participantes, no qual foram compiladas as principais ideias por elas formuladas. Confira abaixo:
