Ensino Médio inicia grande projeto de inclusão

Publicado em 27 de abril de 2018 às 17:17
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Os dantianos da 2ª série do Ensino Médio participarão, durante todo o ano, de um grande projeto de inclusão social. O “Projeto Caminhos” tem como objetivo buscar soluções simples e viáveis de inclusão na escola e na sociedade, pensando em portadores de deficiências. “Queremos trabalhar a inclusão social por meio do empreendedorismo, buscando desenvolver soluções inovadoras na promoção da acessibilidade motora e cognitiva. É um projeto interdisciplinar, mas nesta primeira etapa de sensibilização o Departamento de História foi responsável por mobilizar os alunos e dar o pontapé inicial”, explicou a professora Jaqueline Lourenço.

Para inaugurar a iniciativa, o Dante recebeu no dia 18 de abril a ilustre visita da doutora Linamara Rizzo Battistella, grande autoridade no tema.  Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência em São Paulo, ela também é médica e professora da Faculdade de Medicina da USP, coordenadora do Grupo de Trabalho do Comitê de Humanização do Hospital das Clínicas de São Paulo, diretora da Rede de Reabilitação Lucy Montoro e representante do Governo Federal na ONU.

23,9% da população brasileira tem algum tipo de deficiência, sendo que mais da metade desse grupo (61,13%) não tem instrução. Segundo Linamara, incluir os portadores de deficiências no mercado de trabalho faz com que todo mundo saia ganhando, desonerando o Governo e diminuindo a desigualdade social. E, para isso acontecer, é preciso primeiro o acesso a uma educação de qualidade. “Uma escola que convive com a diversidade vai formar alunos muito mais capacitados, e isso também é inovação. Esses alunos, no futuro, serão profissionais muito mais qualificados. Afinal, um grande executivo hoje tem que ter flexibilidade, adaptar-se a mudanças e saber lidar com as diferenças”, afirmou.

“A inclusão educacional e profissional também faz parte das metas da ONU para 2030, e, até lá, teremos uma população de 3 bilhões de pessoas portadoras de deficiências no mundo. Mas é o preconceito, a barreira atitudinal, que temos de quebrar primeiro”, concluiu a doutora.

Os alunos trabalharão em grupos de três a quatro alunos buscando soluções de inclusão. Um bom exemplo disso é o estudante Luca Ramacciotti Perroni, da 2ª série A, que já desenvolve um fantástico trabalho pelo Cientista Aprendiz. Sua pesquisa busca oferecer roupas com mais conforto e melhor caimento para pessoas que usam próteses.

“Toda vez que trazemos tecnologia para a sala de aula facilitamos a inclusão e a comunicação. Mas é preciso perguntar aos portadores de deficiências quais são as suas necessidades. Eles não precisam ser tolerados. Precisam ser aceitos. Antes da tecnologia vem o ser humano, então temos que começar o trabalho pelo coração”, disse Linamara.

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