Em palestra, alunos do Dante testam Google Glass

Publicado em 14 de maio de 2014 às 18:47
Categorias: ,

Uma das mais aguardadas inovações tecnológicas dos últimos anos, o Google Glass foi apresentado a alunos do Colégio Dante Alighieri em 8 de maio. No evento, organizado pelo Departamento de Tecnologia Educacional, o professor de Ciências da Computação Luciano Silva, do Laboratório de Processamento Gráfico e Mídias Digitais da Universidade Presbiteriana Mackenzie, apresentou os óculos aos estudantes do Comitê Gestor Discente e também a integrantes dos programas GEETec e Cientista Aprendiz.

O Google Glass consiste num par de óculos com recursos capazes de oferecer ao usuário acesso a diversos conteúdos em realidade aumentada. Entre outras funções, tira fotos a partir de comandos de voz, envia mensagens instantâneas e apresenta informações sobre a paisagem visualizada.

No Dante, além de apresentar a nova tecnologia – há pouquíssimos aparelhos desses no Brasil e, sua comercialização no país está prevista para agosto deste ano –, o professor Luciano Silva conversou sobre possibilidades de programação para o dispositivo, uma vez que há vários alunos do Dante que se interessam pelo assunto.

Hardware e programação do Glass

Na palestra intitulada “Desenvolvimento de aplicações do Google Glass”, o professor Luciano apresentou aos alunos uma versão do Glass para desenvolvedores, utilizada para experimentos na Universidade Mackenzie.

Para introduzir o assunto, Luciano falou do conceito de “wearable”, também conhecido como computação ou tecnologia “vestível”, que pode ser definido como o uso de acessórios inteligentes como partes da vestimenta. Para o professor, o “wearable” deve se firmar como tendência nos próximos anos.

Em seguida, na primeira parte de sua exposição, Luciano falou do hardware (parte física) do Glass, destacando componentes como um computador com memória de 16 Gb, display (tela localizada no canto superior do lado direito dos óculos), câmera de alta resolução, GPS, wi-fi, bluetooth e sistema de touch para comandar as ações. Possui também um sistema de áudio inovador, baseado em vibração mecânica que reverbera o som pelos ossos da face, e não pelo ouvido (assim, dispensa o uso de fone).

“O Glass trabalha com o conceito de realidade aumentada. Ou seja, ele não quer tirar o foco do mundo real; pelo contrário, quer que pessoa possa ver o mundo real e ampliá-lo com recursos virtuais que surgem na tela do Google Glass”, explicou, exibindo, em seguida, um vídeo que apresenta os recursos dos óculos.

Já na segunda parte da palestra, Luciano afirmou aos alunos que o Glass usa um conceito de “timeline”, recurso que exibe na tela uma home e uma linha com fatos passados e futuros. O pesquisador também falou da função de comando de voz, que possibilita até mesmo que se responda a um e-mail oralmente.

“A ideia do Glass é oferecer a informação na hora que o usuário quiser, proporcionando o acesso imediato à informação relevante. Por exemplo: um usuário vê uma cena e quer ter informações sobre ela. Por comando de voz, o Glass tira uma foto e, a partir dela, faz uma pesquisa na web, trazendo os resultados mais relevantes. Além disso, também consegue detectar o ambiente em que usuário está e mostrar informações relevantes”, afirmou.

Outro assunto tratado por Luciano foram as possibilidades de criação de aplicações para o Glass, recomendando aos alunos que acessem o site https://developers.google.com/glass/ para explorar a questão da programação.

Após realizarem perguntas para o professor Luciano, os alunos do Dante puderam experimentar o Glass. Estudante da 2ª série C do Ensino Médio, Thales César Giriboni ficou empolgado com as possibilidades de programação dos óculos. “Gostei, principalmente, porque soube que o Glass trabalha com Android (sistema operacional) e PHP (linguagem de programação), os quais eu já conheço. Fiquei bem animado em saber que posso criar aplicações, já que ele possui duas ferramentas com as quais eu já sei programar. Nem posso imaginar todas as possibilidades de uso que o Glass apresentará”, afirmou.

Glass e educação

Conforme explicou Daniel Alves, professor do NIDe (Núcleo de Inovação e Desenvolvimento, iniciativa em que os alunos do Dante trabalham com programação), um dos principais objetivos do evento foi justamente incentivar o raciocínio e a criatividade dos estudantes, que podem, com isso, ampliar suas habilidades para a criação de novos aplicativos.

A professora Solange Giardino, do Departamento de Tecnologia Educacional, corroborou a ideia de Daniel. “No Comitê Gestor Discente, há vários alunos interessados em tecnologia e programação. Com essa palestra, a ideia é que eles também possam produzir e programar, sendo produtores de aplicativos, e não só consumidores”, afirmou.

Para o palestrante Luciano Silva, o uso do Glass em sala de aula será benéfico para o aprendizado. “O professor fala de um conceito, e o aluno já pode acessar o conteúdo sobre o tema por meio do Glass”, explicou. Ele enfatizou, ainda, o nível de conhecimento dos dantianos a respeito de programação.

“Achei fantástica a ideia de vir falar do Glass para os estudantes. É a primeira vez que vejo uma turma tão interessada. Eles fizeram perguntas que não são comuns para estudantes do Ensino Médio. São perguntas de pesquisadores mesmo”, disse. “Esse tipo de atividade enriquece muito o aluno, até mesmo para ajudá-lo na escolha de uma carreira”, completou.

no images were found

,
Liceo Scientifico, opzione Scienze Applicate - Scuola Paritaria Italiana Cambridge - English Qualifications Mizzou - University of Missouri
error: Conteúdo protegido!!