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Nas aulas de geografia da 1ª série do Ensino Médio, os alunos estão aprendendo sobre hidrografia, cujo conteúdo aborda casos de conflito envolvendo relações comerciais em corpos hídricos. De modo a tornar o aprendizado acerca do tema ainda mais dinâmico e atrativo, a turma da 1ª série B simulou em sala de aula um debate como os realizados em conferências da Organização das Nações Unidas (ONU).
No centro da discussão, realizada no dia 4 de novembro, esteve a hipotética construção do Canal da Nicarágua e o eventual conflito envolvendo o Canal do Panamá que o projeto implicaria. Assim, cada estudante representou um país e defendeu seus respectivos interesses durante a sessão simulada no que seria a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
“O objetivo foi não apenas aprofundar um tema que integra a grade curricular do curso mas também propor uma atividade diferenciada e dinâmica, para que os alunos pudessem desenvolver habilidades diferentes em relação àquelas do conteúdo conceitual”, explica o professor de geografia Danilo Mesquita. O docente complementa exemplificando as competências trabalhadas no exercício. “São habilidades socioemocionais e de convivência, além da oratória, pois há uma liturgia na comunicação. Não é possível se dirigir a uma delegação de outro país de qualquer maneira – há uma linguagem e um momento adequado para se posicionar, e tudo isso foi abordado e trabalhado.”
Mentes criativas
A proposta de realizar o debate na aula de geografia partiu das alunas Laura Capelli e Giulia Vitali, ambas participantes da eletiva Dante UN, que consiste na simulação de conferências da ONU, bem como o evento realizado em outubro. Em parceria com o dantiano João Laudares, da 1ª série G, elas ainda elaboraram um documento com o intuito de auxiliar na preparação dos colegas para o debate, com informações a respeito do contexto histórico do tema, do funcionamento da UNCTAD e do eventual posicionamento de cada um dos países envolvidos na questão.
“A ideia surgiu porque eu e minha amiga gostamos muito dessa eletiva e queríamos trazer a experiência para a aula de geografia. Sabemos que atividades como essa trabalham habilidades importantes e, por isso, decidimos fazer uma pequena simulação para a nossa sala. É um jeito mais dinâmico de aprender a matéria”, conta Laura.
Membro da delegação dos Estados Unidos durante a simulação da ONU, a aluna Eduarda Nolasco aprovou a ideia. “Gostei muito da atividade. Proporcionar a oportunidade de os alunos debaterem e experimentarem um pouco do mundo dos debates foi bem legal. Uma aula assim ensina muito sobre a geopolítica mundial, além de humanizar a matéria, pois é uma maneira de refletir sobre situações que estão acontecendo no mundo, então foi uma experiência muito válida.”