Dante usa plataforma digital inovadora para manter aulas ao vivo durante EaD

Publicado em 13 de maio de 2020 às 14:20
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“Dedicação e compromisso”. É assim que a professora de química Lílian Moreira resume a sua experiência com o novo modelo de ensino à distância, adotado em decorrência da pandemia do coronavírus. “Entendemos rapidamente que os nossos alunos estavam enfrentando o período de isolamento social de formas distintas. Com a rotina completamente modificada e lidando ao mesmo tempo com um novo formato de vida e de escola, foi preciso entender que precisaríamos dessas duas qualidades para processar informações e ressignificar o momento atual”, comenta.

Foi buscando essa ressignificação que o Dante uniu forças com todo o seu corpo docente para criar um modelo de ensino que não só fosse possível mas também não deixasse a desejar em qualidade. O desafio não foi fácil. Na primeira fase, os professores foram mobilizados para elaborar exercícios e produzir conteúdo acessível por meio da plataforma Moodle. Textos, podcasts, videoaulas, jogos on-line, chats, passeios virtuais por museus: o Colégio, que já cultivava uma cultura digital muito forte, via a oportunidade de explorar todas as ferramentas oferecidas pela tecnologia para contemplar o conteúdo necessário e instigar o interesse dos alunos por uma nova forma de aprendizagem. 

“Nós, professores, montamos um grupo no WhatsApp em que dividimos boas práticas internas e compartilhamos nossos materiais para que possamos ter uma ideia do que está indo muito bem e do que pode ser melhorado. A cada nova descoberta de alguma funcionalidade do Moodle, do iPad, do computador, da plataforma e de algum aplicativo, automaticamente compartilhamos para que todos nós possamos nos capacitar a nos tornarmos professores que superem expectativas dentro do novo contexto”, conta a professora Lílian.

A recepção dos alunos, membros de uma geração que naturalmente se torna cada vez mais conectada, foi positiva, mas estagnação não combina com tecnologia. Diante de tantas mudanças a nível mundial, cultivar ambientes empáticos e que remetam à experiência clássica de uma sala de aula é importante para que o aluno continue se desenvolvendo não só intelectualmente mas também como cidadão e parte ativa de uma sociedade. 

Foi pensando nisso que o Colégio optou por adotar também a plataforma WebEx. A ferramenta possibilita a realização de aulas síncronas, que não só são dadas em tempo real mas também mantêm os horários usuais da escola, permitindo o restabelecimento de uma rotina de estudos aos alunos e a manutenção do vínculo aluno-professor, fundamental no processo de ensino-aprendizagem.

Guilherme dos Santos, professor de ciências da natureza, explica que os minutos iniciais da aula são separados para os alunos se expressarem, seja em relação à aula, seja em relação aos seus sentimentos. 

“O grupo todo pode participar da discussão para dizer como está se sentindo e o que está fazendo para deixar seu ambiente um pouco melhor. Busco valorizar esse momento, dizendo que esse sacrifício está resultando em coisas muito positivas para a sociedade e que eles são verdadeiros heróis que estão contribuindo para um mundo melhor”, diz o professor Guilherme. 

Com a nova etapa, uma apresentação em PowerPoint mostra o roteiro do conteúdo que será abordado, acompanhado dos objetivos principais da disciplina. É então apresentado um exercício investigativo para ser feito no caderno, retomando o conteúdo que está sendo trabalhado. Durante esse tempo, os alunos tiram suas dúvidas por chat ou áudio da própria plataforma WebEx, para, depois, discutirem o exercício em conjunto e apresentarem críticas mediadas.

No Moodle segue a disponibilização de materiais complementares como videoaulas, listas de exercícios e questionários. Além disso, há um fórum de discussão específico de cada componente curricular, no qual os alunos postam suas dúvidas. O fórum é monitorado diariamente pelos professores.

No caso da Educação Infantil, a participação dos pais é fundamental para incentivar a criança a interagir e a se expressar, ajudando a criar um ambiente seguro, saudável e de acolhimento para os pequenos. Para os pequenos, sugerimos uma jornada com sete momentos, cada um com duração de 20 a 40 minutos, sempre intercalados com 5 minutos de intervalo, perfazendo uma jornada de 4 horas e 45 minutos de atividades que simulam um dia de aula regular. 

Movimentar o corpo também é parte importante das nossas atividades virtuais. Alternamos as propostas ofertadas, intercalando momentos de maior movimentação com momentos de pausa, momentos de maior esforço mental com brincadeiras livres, momentos de tela com momentos de atividades desplugadas, buscando ampliar a gama de estímulos das crianças. 

Mas, além das preocupações acadêmicas, o Dante ressalta que tem no topo das suas prioridades a compreensão, o acolhimento e o cultivo constante da empatia por parte de todos e para todos, afinal é sabido que neste momento de distanciamento a proximidade se faz mais necessária. Adaptar-se à nova fase sem deixar de manter vivos e intactos os valores e a identidade dantiana é o compromisso do Colégio para, como afirma a professora Lílian, “manter uma rede de apoio mútuo com um olhar paciente e pacífico, de forma estratégica, que se reinventa e retroalimenta, motivando todos para que se levantem todos os dias com a vontade de se reinventar pois, afinal, ‘é claro que o sol vai voltar amanhã’”.

Depoimentos de professores do Dante sobre a experiência do EaD

“Para continuarmos mantendo contato, há, em todas as abas do Moodle, um fórum para que as crianças façam perguntas, tirem dúvidas, escrevam comentários e busquem ajuda. Os professores estão se mobilizando para acompanhar as postagens e manter o relacionamento com as crianças por esse meio. Além disso, há vídeos gravados pelos professores na aba de apresentação de cada série, para que os alunos continuem em contato conosco, mesmo depois das aulas ao vivo, com a nossa voz, com nosso jeito de falar, com palavras de incentivo e acolhimento, para que saibam que sentimos saudades e que estamos todos juntos, passando por este momento.” Bianca Venturini, professora do 5º ano do Ensino Fundamental

“Pela necessidade de supervisão com as crianças da Educação Infantil, optamos por propor apenas conteúdos já vistos em sala de aula, mas com diferentes estratégias, pautando atividades da vida prática que fazem parte do cotidiano das famílias, como ajudar a arrumar a mesa para as refeições, marcar o passar dos dias no calendário, escrever o nome dos familiares. Levamos em consideração que nem todas as famílias têm, em casa, os materiais e recursos que usamos em sala de aula.” Mariana Cuozzo, professora da Educação Infantil

“Não temos as ferramentas do laboratório, porém o STEAM-S se baseia na resolução de problemas, então todo o processo de ideação e pesquisa pode ser realizado em casa, individualmente ou em grupo. Os alunos da 2ª série do Ensino Médio estão aprendendo noções básicas de programação em uma placa microcontroladora virtual, que pode ser usada nos seus protótipos do projeto interdisciplinar, por exemplo.” Fábio Tola, professor de física do Ensino Médio

“As estratégias utilizadas são aulas em formato PowerPoint, bastante didáticas, usando recursos audiovisuais para atrair a maior atenção possível do corpo discente. Além disso, fazemos indicação de filmes, obras, documentários e afins, com o objetivo de sensibilização para aprofundamento da discussão.” Carlos Henrique Mendonça, professor de língua portuguesa do Ensino Médio

“Não é fácil para eles, são muito jovens, estão acostumados a uma rotina intensa e de uma hora para outra se veem nesta situação de tamanha incerteza e limitação. Apesar disso, até o momento a maioria está mantendo um bom estado de ânimo, mas, com o passar do tempo, não sei se continuarão assim. Acredito que a melhor maneira de seguir com um ensino de qualidade é aquela que recorre a todas as ferramentas possíveis para contribuir para a formação dos nossos jovens. A atual conjuntura passa por todas as atividades humanas e, claro, passa pela sala de aula. Estou recebendo meus alunos na minha casa e eles me recebendo na casa deles, não é uma situação usual. É claro que tentamos minimizar as interferências externas, mas há momentos em que não há como.” Sueli Maria, professora de química do Ensino Médio

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