Dante apresenta parceria que enviará experimento de alunos à Estação Espacial Internacional em 2018

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 15:27
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O Colégio Dante Alighieri oficializou, em 1º de setembro, sua participação em um projeto que levará o experimento científico de um grupo de alunos à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) em 2018. Mas esse é apenas o resumo de um trabalho imenso que terá início nos próximos dias, o que também é consequência de toda a atenção que o Dante – não só o corpo docente como também alunos que protagonizaram a busca por parcerias – vem dando ao campo da pré-iniciação científica nos últimos anos.

A parceria com o projeto Garatéa, consolidada em março de 2017, foi um dos grandes passos nessa caminhada e começou dando aos alunos do Cientista Aprendiz a oportunidade de enviar experimentos à estratosfera utilizando um balão.

Recentemente, o engenheiro espacial Lucas Fonseca, responsável pelo Garatéa, foi convidado a participar com o Dante da 12ª edição do Student Spaceflight Experiments Program (SSEP), programa organizado pela NASA. Essa é uma proposta inédita não só entre colégios brasileiros como também entre instituições de quase todo o mundo, visto que é a primeira vez que o projeto se estende a um país além dos Estados Unidos e do Canadá.

Os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental se reunirão com um grupo de 150 alunos do ensino público convidados por organizações não governamentais para desenvolver, no decorrer de setembro e outubro, aproximadamente 75 propostas de experimentos científicos que caibam em recipientes pouco maiores que um tubo de ensaio. Desses 75 projetos – que serão apresentados na edição anual do Simpósio do Cientista Aprendiz, realizado em outubro –, dez serão escolhidos por uma banca avaliadora especializada para concorrer pela oportunidade de enviar o experimento à ISS.

Os responsáveis por esses dez projetos poderão aprimorar suas propostas, que passarão por uma nova avaliação, que selecionará, desta vez, três projetos, os quais serão encaminhados para a NASA. Por fim, a agência espacial estadunidense escolherá, em dezembro, um desses estudos, que será enviado à estação espacial em 2018.

Cerimônia de oficialização

O evento de anúncio da possibilidade de os alunos enviarem um projeto à ISS foi realizado no auditório Miro Noschese e contou com a presença das diretorias Pedagógica e Executiva do Dante, além de representantes das organizações não governamentais, de alunos convidados, de professores do Dante que colaborarão com o projeto e do engenheiro espacial Lucas Fonseca.

O presidente do Dante, dr. José Luiz Farina, falou do privilégio de participar desse momento histórico da instituição. “É muito difícil descrever a emoção de abrir um evento como este nesta escola, que tem 106 anos e sempre contou com a companhia da modernidade. Tenham orgulho de fazer parte disso, pois trata-se de um momento de muita grandeza”, disse. Também congratularam os alunos a diretora-geral pedagógica do Dante, professora Silvana Leporace, o reitor do IMT, professor José Carlos de Souza, e o astrônomo Marcos Calil, um dos responsáveis pelo programa AstroDante.

O aluno do 9º ano do Ensino Fundamental Eduardo Candeias, que participou do preparo do balão lançado na manhã seguinte ao evento oficializando a parceria na ISS, falou do protagonismo dos alunos na busca pelos estudos de astronomia no Dante e incentivou o 7º ano a tirar o máximo de proveito da experiência de participar do desenvolvimento de propostas que poderão ser enviadas à NASA. “É um privilégio muito grande poder desenvolver um projeto que será enviado à NASA. Já pararam para pensar nisso? Não é qualquer coisa. Essa oportunidade vai mudar a história da ciência no Brasil”, disse.

A coordenadora-geral pedagógica do Dante, professora Sandra Tonidandel, reforçou a importância da parceria e da participação de alunos brasileiros em um programa que, até então, havia se limitado a instituições de ensino dos Estados Unidos e do Canadá. “Nossa ideia é fazer com que todos os alunos percebam que são capazes de produzir ciência, pensar criticamente e buscar soluções para os problemas do mundo. Não queremos alunos que só repitam e reproduzam conhecimento de cientistas de outros países. Queremos que eles percebam que têm habilidades, que são capazes de encontrar respostas e que podem colaborar uns com os outros”, explicou.

O engenheiro Lucas Fonseca falou da parceria e também do impacto que ela deve ter tanto no campo da ciência quanto no campo da educação no Brasil. “É muito importante termos, mais uma vez, o Brasil na ISS. Queremos uma comunidade que não se limite à América do Norte. O que nos une como humanidade é a capacidade de explorar novos desafios e obter novas conquistas, mas as agências espaciais nos ensinam que não devemos fazer as coisas sozinhos. Além disso, essa experiência vai transformar vocês e a educação científica no Brasil”, disse.

Na reta final, a assistente de coordenação de Ciências, professora Miriam Guimarães, também parabenizou os alunos envolvidos e falou das etapas do trabalho. Findada a apresentação, todos os alunos receberam suas credenciais para a participação no programa.

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