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A pianista Juliana D’Agostini compareceu ao Colégio Dante Alighieri em 10 de maio para receber uma medalha de honra ao mérito das mãos do presidente da Escola, dr. José de Oliveira Messina. Anteriormente, a artista já havia sido agraciada com a Ordem do Sino, honraria concedida a ex-alunos do Dante que se destacam em suas áreas de atuação profissional.
Juliana, que estudou no Colégio até 2003, cursou música na USP e hoje é uma pianista reconhecida nacional e internacionalmente. Em sua visita ao Dante, a artista entregou seu terceiro CD (“Juliana D’Agostini + Emmanuele Baldini”, em que é acompanhada do spalla [primeiro violino] da Osesp, Emmanuele Baldini) ao dr. Messina.
“Minha mãe (a professora Nilce de Angelo, de Biologia) é apaixonada pelo Dante. Faz 35 anos que ela dá aulas no Colégio. Valorizo muito o Dante, pois o Colégio ofereceu bolsas e oportunidades de estudo a mim e ao meu irmão”, afirmou Juliana.
O presidente do Colégio, por sua vez, exaltou a importância que o Dante dá a seus ex-alunos. “O Colégio não esquece suas ‘crianças’ que se colocam em um nível de projeção em qualquer área, que retornam e que amam o Colégio. É um dever da Escola receber seus ex-alunos. Os ex-alunos também constroem a escola”, afirmou.
Planos e projetos sociais
Juliana aproveitou a visita ao Colégio para falar de suas atividades profissionais. Recentemente, ela participou do projeto “Tribos”, da Brasil Piano Masters, que procura potencializar a formação de plateias associando música clássica à arte popular.
Nesse projeto, a pianista executou uma música de Rachmaninov, sobre a qual o rapper Projota criou algumas rimas, dando origem a “Preste atenção”. O clipe da canção foi gravado em Lauzane Paulista, bairro da zona norte de São Paulo onde o cantor cresceu. “Eu quis misturar os estilos de música. Sempre fui curiosa para entrar nesse mundo. Eu valorizo quem fez muito tendo poucos recursos para isso, como geralmente acontece com esses cantores do rap e do hip hop”, disse Juliana, que, após a experiência, pretende lançar um projeto social.
“Quero levar o piano para a favela. Tenho vários amigos do rap e do hip hop e todos me tratam muito bem. E em todas as favelas que fui até o momento, o público me recebeu muito bem. Quando você entra na favela, aprende a não ter preconceitos. Conversar com esse pessoal abre a cabeça. Esses meninos do rap e do hip hop devem ser valorizados, pois eles, sem meios e oportunidades, fazem algo realmente bom. Quero dedicar meu tempo a esses artistas”, afirmou a pianista de 26 anos.
No segundo semestre de 2013, Juliana se apresentará em diversos países, como Croácia, Cazaquistão, Bulgária e Estados Unidos. Entre seus planos, está também a gravação de um CD em 2014, além da realização de algum projeto em parceria com o Dante.
