Biologia realiza série de atividades complementares

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 12:55
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O Departamento de Ciências da Natureza e Biologia do Colégio Dante Alighieri realizou, no decorrer de 2014, diversas atividades extracurriculares e criativas para aprofundar o conhecimento de alunos de diferentes séries. Coordenados pela professora Sandra Tonidandel, os professores se reuniram com os alunos em diversas ocasiões para abordar, por exemplo, temas que cairiam nos vestibulares deste ano.

Um desses projetos foi o curso de imersão em Biologia. Iniciado em março e finalizado em novembro, os encontros semanais abordaram as principais competências nessa disciplina cobradas nos principais vestibulares. “Questões do Enem também foram trabalhadas com profundidade e técnica, permitindo um aumento da performance dos alunos  sem levá-los à exaustão”, explicou a professora Paula Reis Galvão, uma das responsáveis pelas atividades.

“O resultado da imersão refletiu-se direta e significativamente no desempenho dos alunos nas avaliações e nos vestibulares, tendo um bom número dos alunos participantes gabaritado biologia no Enem, na Fuvest, na Unesp e na Unicamp”, complementou.

Em paralelo com o curso de imersão, os tradicionais módulos, que consistem na recapitulação semanal de assuntos importantes da Biologia para alunos da 3ª série do Ensino Médio, também foram realizados no decorrer do semestre. Para favorecer a compreensão do conteúdo, os plantões de dúvida de Ciências da Natureza e Biologia passaram, em 2014, a ser temáticos. Com o apoio do corpo docente, os alunos também tiveram de resolver exercícios ainda mais complexos.

Videoaulas

Como complemento às atividades docentes, os professores de Biologia trabalharam com videoaulas, de até 15 minutos, utilizando a metodologia flipped classroom, que tem ganhado espaço em escolas pioneiras pelo mundo, como a Universidade de Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Essa prática consiste no preparo do aluno sobre determinado assunto antes mesmo de a aula sobre o tema ser realizada. Com isso, ampliaram-se as possibilidades para que a sala de aula seja usada para o desenvolvimento de habilidades.

Geralmente, a exposição de conteúdo corresponde a uma produção audiovisual gravada pelo próprio professor, que também utiliza outros recursos, como desenhos, para explanar os conceitos. Como resultado, o aluno assiste ao vídeo como se ele fosse uma lousa animada em tempo real, acompanhado da locução do docente. Uma segunda vantagem é o fato de os vídeos ficarem arquivados e poderem ser acessados pelos alunos conforme a agenda escolar assim permitir.

CineBio

Os alunos ainda participaram de sessões de cinema, muitas das quais acompanhadas de pipoca e guaraná. Dentro dessa programação, os professores debatiam o tema com os alunos depois da exibição. Pelo menos duas ocasiões foram marcadas por presenças muito especiais: os dias dos filmes ‘Contágio’ e ‘Gravidade’.

O primeiro desses, ‘Contágio’, foi exibido em 3 de setembro e contou com a presença do dr. Nilton Cavalcante, médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Grande autoridade no assunto, Nilton veio ao Dante disposto a esclarecer aspectos do trabalho de infectologistas no estudo, na prevenção e no combate a doenças. Antes do filme, os professores Marcelo Spínola, de Geografia, Paula Reis e Renato Correa, de Biologia, falaram sobre a forma como as doenças se espalham e relacionaram diversos impactos que as epidemias podem trazer à população regional e mundial.

Após a exibição do filme, dr. Nilton falou de seu trabalho e do panorama que presenciou em três décadas de carreira. “Vimos muitas coisas acontecendo em São Paulo. Tivemos problemas, por exemplo, com a encefalite, o sarampo e com a hantavirose. É um trabalho intenso para combater as doenças. E, mesmo assim, pode acontecer, por exemplo, de os vírus voltarem a se manifestar amplamente depois de algum tempo”, explicou. “O maior inimigo em grande parte dos casos é, entretanto, o pânico, o medo e a desinformação”, disse, ressaltando, também, que o retorno em relação à verba investida em prevenção pode chegar a dez vezes o valor original.

Em meio à sequência de perguntas relacionadas ao ebola, Nilton lembrou que, apesar de o vírus ter recebido grande destaque na mídia recentemente, há doenças letais mais recorrentes que podem trazer mais preocupação à saúde da população. “Atualmente, o ebola parece um vírus extremamente comum de ser encontrado, mas não é assim. Quando constatamos alguma suspeita, as primeiras preocupações que passam em nossas cabeças estão relacionadas à malária e à febre tifoide, por exemplo”, completou.

No dia da exibição de ‘Gravidade’, participaram do debate o astrônomo Marcos Calil, o pesquisador Jeferson Botelho de Oliveira e o jornalista Salvador Nogueira. Findada a apresentação, os três especialistas fizeram breves exposições para explanar o que pode ser compreendido como ficção ou como plausível. Segundo eles, muito do que se considera como impossível no filme poderia ser creditado à decantada “margem” de liberdade artística, recurso aplicado para, por exemplo, tornar o filme mais dinâmico. No entanto, apesar da licença estilística, outras sequências narrativas chamam a atenção.

Um dos pontos abordados pelo professor Marcos Calil tem a ver com geopolítica: no filme, toda a complicação da missão dos Estados Unidos – e também de outra missão, realizada pela China – ocorre pelo fato de a Rússia ter destruído, voluntariamente, um de seus próprios satélites – sendo que, na verdade, a Rússia é a única dos três países a nunca ter feito isso. “O primeiro país a explodir um satélite próprio foi a China, em 2007. Os Estados Unidos fizeram o mesmo com um satélite espião em 2008. E os russos nunca fizeram isso”, explicou o professor.

Os três especialistas elogiaram a atenção que o Dante dá às pesquisas científicas e à astronomia. Jeferson elogiou, por exemplo, a postura dos alunos no tocante à curiosidade. “Vocês têm um bom olhar e estão de parabéns. Esse tipo de interesse traz bons frutos, mas, infelizmente, muitos em sua idade não recebem estímulo da instituição em que estudam e de seus pais”, afirmou. Marcos disse não conhecer outras instituições brasileiras que realizem trabalhos semelhantes ao Dante nesse âmbito. “Nunca encontrei, no Brasil, a proposta que vejo aqui no Dante. Vocês não são uma simples esponja absorvendo as informações, pois estão produzindo trabalhos investigativos na pré-iniciação científica. Isso fará uma grande diferença em suas vidas”, disse. “Quanto mais cedo vocês trabalharem com essa pró-atividade, melhor. Essa é uma grande iniciativa. A astronomia, por exemplo, supre a necessidade que o ser humano tem de entender contextos. O que faz a humanidade ser fantástica é a sua curiosidade”, concluiu.

A caminho da universidade

Nos mesmos moldes do curso de imersão para a 3ª séries do Ensino Médio, o programa “A caminho da universidade” ofereceu atividades semanais a alunos da 2ª série com a finalidade de aprimorar o desenvolvimento de habilidades e competências importantes para os concursos vestibulares, inclusive o Enem. De acordo com a professora Paula, as atividades surtiram efeito positivo no desempenho dos alunos. “O resultado refletido nos vestibulares deixou nossos treineiros bastante confiantes”, disse.

No segundo semestre, outro passo inovador: lançou-se, em 15 de setembro, o módulo internacional do programa “A caminho da universidade”. O projeto dará aos alunos da 2ª e da 3ª série do Ensino Médio a oportunidade de, por meio da participação em atividades de caráter científico e cultural, assegurar ao final do percurso escolar um currículo vitae diferenciado, com maior capacidade de se destacar na seleção de universidades estadunidenses. A primeira edição do programa começou no próprio mês de setembro e terminará em junho de 2015. Nesse trabalho, os alunos se prepararão para desenvolver projetos de pré-iniciação científica sob a supervisão da professora Sandra Tonidandel. “Importantes trabalhos estão em andamento e certamente renderão bons frutos em feiras de ciências internacionais”, comentou a professora Paula.

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