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No dia 22 de outubro, os alunos da disciplina eletiva “Física das Radiações” visitaram o Centro de Diagnóstico e Radioterapia da Beneficência Portuguesa (BP), um dos maiores e mais avançados complexos hospitalares privados da América Latina. Eles foram recebidos pelo físico médico Fábio Saleme, que foi muito atencioso e gentil com o grupo e fez questão de mostrar como todas as máquinas funcionavam e como são feitos os testes antes da aplicação para evitar complicações.
“É preciso saber exatamente onde está o tumor, com muita precisão, porque se a radiação atingir outros tecidos pode causar lesões ou até mesmo provocar novos focos de câncer. Para isso, é feita uma série de cálculos e testes e mapeia-se todo o corpo do paciente”, explica a professora de física Cristiane Tavolaro, responsável pela eletiva, que também acompanhou os alunos na visita. “Na aplicação, que dura menos de cinco minutos e é indolor e invisível, a radiação tem o poder de ‘fritar’ o tumor, destruindo as células cancerígenas com uma temperatura altíssima em um curto intervalo de tempo, sem causar os efeitos colaterais da quimioterapia”, esclarece ela.
Os alunos também ficaram curiosos com a profissão de físico médico, altamente qualificada e especializada. “É uma posição de muita responsabilidade, que trabalha sempre lado a lado com o médico oncologista”, conta Cristiane. Após a faculdade de física, o cientista precisa se especializar com mais um curso (em São Paulo, a própria BP e o Hospital Oswaldo Cruz oferecem a formação em radioterapia), além de fazer residência médica hospitalar por alguns anos antes de começar a trabalhar.
“Temos alunos interessados em fazer medicina no grupo e eles ficaram impressionados com mais essa possibilidade de carreira. Eles gostaram muito da visita, puderam fazer várias perguntas e tiveram um comportamento exemplar”, elogia a professora.