9º ano faz visita à Casa Guilherme de Almeida

Publicado em 6 de outubro de 2013 às 11:56
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Alunos do 9º ano do Colégio Dante Alighieri visitaram, em 4 de outubro, o museu biográfico e literário Casa Guilherme de Almeida. O poeta, tradutor, jornalista e advogado Guilherme de Almeida (1890-1969) viveu no local com sua esposa Baby (Belkiss Barroso do Amaral) de 1946 a 1969.

Em 1979, a residência, adquirida pelo governo paulista, tornou-se um museu biográfico e literário. Atualmente, apresenta um acervo formado por objetos que pertenceram a Guilherme de Almeida, entre os quais obras de artistas como Tarsila do Amaral, Victor Brecheret e Anita Malfatti.

Ao chegarem à chamada “Casa da Colina”, localizada no bairro de Pinheiros, em São Paulo, os alunos do Dante e as professoras Sofia Maria Visconti e Maria Cleire Cordeiro, coordenadora do Departamento de Língua Portuguesa, dirigiram-se a um espaço no quintal. Lá, eles foram recepcionados por Dom, coordenador do museu, que apresentou um rápido panorama da carreira de Guilherme de Almeida. “Ele foi um artista multimídia: poeta, tradutor, crítico de cinema, apresentador de programa de rádio, criador de anúncios publicitários e responsável pela parte gráfica da revista ‘Klaxon’ [porta-voz do movimento modernista]”, disse.

Já a educadora Flávia deu mais detalhes sobre a história da casa, que, hoje, também abriga um centro de estudos de tradução literária (campo em que Guilherme de Almeida se destacou), além de atividades como cursos, oficinas, palestras, mesas-redondas e recitais.

Em seguida, Flávia distribuiu grãos de café aos alunos, enquanto colocava para tocar a canção “O café”, interpretada por Ciloca Madeira, cuja letra é de Guilherme de Almeida. Houve ainda uma atividade em que os visitantes, a partir de algumas palavras, tiveram que criar poemas. O aluno Miguel leu a poesia feita pela professora Sofia.

Dentro da casa

Já dentro da casa, o monitor Murilo explicou que o local abriga o acervo pessoal de Guilherme de Almeida. Entre as obras, se destacam uma escultura de Brecheret que foi exposta na Semana de Arte Moderna de 1922, “Sóror Dolorosa” (inclusive, Guilherme de Almeida tem uma obra intitulada “Livro de Horas de Sóror Dolorosa”), pinturas de Tarsila do Amaral e diversos quadros com a figura de Baby, mulher do poeta, que foi retratada por nomes como Di Cavalcanti, Lasar Segall e Anita Malfatti.

No segundo andar, foi apresentado aos alunos um relevo feito por Galileo Emendabili com a efígie de Guilherme de Almeida. Também da autoria de Emendabili há os estudos escultóricos feitos para a fachada do Obelisco do Ibirapuera (monumento em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932, que conta com versos do poeta).

Ainda no segundo andar, os alunos puderam ver livros de Guilherme – bem como o acervo bibliográfico do museu – e o quarto do poeta e de Baby. Acima, na mansarda (sótão), ficam diversas relíquias, como o fuzil e o capacete utilizados por Guilherme quando combatente de São Paulo na Revolução Constitucionalista de 1932 (considerado o “Poeta da Revolução”, ele escreveu a letra do Hino da Revolução, assim como a letra do Hino do Estado de São Paulo – além de desenvolver o símbolo de São Paulo).

A professora Maria Cleire Cordeiro explicou que os alunos estudam Guilherme de Almeida apenas na 3ª série do Ensino Médio. Contudo, devido à visita ao museu, eles viram um conteúdo sobre o poeta já no 9º ano. “Nosso objetivo com essa atividade foi fazer com que os alunos saibam quem foi o poeta Guilherme de Almeida, que não recebe o prestígio que merece. Então, tentamos fazer com os alunos uma retomada desse autor”, contou.

SERVIÇO

Museu biográfico e literário Casa Guilherme de Almeida
Endereço: Rua Macapá, 187, Perdizes CEP: 01251-080 São Paulo-SP
Telefone: (11) 3672-1391
Site: http://www.casaguilhermedealmeida.org.br
Email: casaguilhermedealmeida@gmail.com

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