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Alunos da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Dante Alighieri visitaram o Memorial da Resistência de São Paulo, próximo à Pinacoteca do Estado de São Paulo, na Praça da Luz, em 16 de setembro. A atividade, promovida pelo Departamento de História, Filosofia e Sociologia, fez parte do módulo “Ditadura e tortura”, que tratou da ditadura militar instalada no Brasil de 1964 a 1985 e se estendeu sobre as práticas desumanas então aplicadas aos oposicionistas do regime.
Antes de partirem para o Memorial, os alunos se reuniram com professores do Departamento no auditório Raul Guglielmo Falzoni para uma introdução sobre o assunto do módulo. Os docentes questionaram quais estudantes eram favoráveis à tortura em determinadas situações.
Em seguida, apresentaram um trecho da minissérie “Queridos Amigos”, exibida pela TV Globo em 2008, em que a mãe de uma vítima da ditadura militar desabafa diante do homem que torturou e violentou sua filha. Os professores também leram uma descrição de um episódio de tortura apresentada no livro “Brasil nunca mais”.
Diante da reação de perplexidade dos alunos com os relatos, o professor Jackson Fergson Costa de Farias afirmou que a tortura nunca pode ser admissível – nem mesmo em determinadas situações –, pois a prática não funciona como uma ferramenta válida e eficaz para se fazer justiça, além de ser cruel.
O professor Lucas Kodama completou o pensamento do professor Jackson. “Instituir a tortura como política de Estado terceiriza a crueldade. Desumaniza, nos impede de enxergar o humano no outro”, afirmou.
Depois da introdução, os alunos seguiram para o Memorial, que se localiza justamente no prédio do antigo DOPS (Departamento da Ordem Política e Social, depois DEOPS – Departamento Estadual da Ordem Política e Social), para onde eram levadas as pessoas que se envolviam no combate à ditadura militar.
No local – hoje uma instituição dedicada à preservação das memórias da resistência e da repressão política do Brasil republicano (de 1889 à atualidade) –, os alunos viram documentos, fotos, imagens e depoimentos de ex-presos políticos, bem como visitaram as celas, tendo uma ideia das atrocidades e violações dos direitos humanos cometidas durante o regime ditatorial militar (1964-1985).
