Dante entrevista Carolina Rubini, ex-aluna aceita em duas universidades americanas

Publicado em 21 de maio de 2015 às 15:38
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Visando cursar o ensino superior em uma universidade estrangeira, a ex-aluna Carolina Rubini, formada no Colégio Dante Alighieri em 2014, foi aceita na University of California, Los Angeles e na New York University, ambas nos Estados Unidos. Porém, enquanto aguardava as respostas ao pedido de admissão nessas instituições, a estudante já cursava a Fundação Getúlio Vargas. No intuito de indicar o caminho para essas vagas no exterior, Carolina deu, em 2015, deu uma palestra aos alunos do Dante sobre como disputar uma vaga em uma universidade americana.

Nesta entrevista ao Dante, Carolina falou a respeito da sua decisão de estudar e morar no exterior e sobre o percurso que a levou a ser aceita em duas instituições americanas tão concorridas.

– Como e porque você se interessou em estudar fora?

Após ter tido a experiência de estudar nos em Harvard, nos Estados Unidos, no programa de Summer School, eu decidi que era naquele ambiente que eu gostaria de estudar. Um local onde diferentes pessoas de diversos países trazem suas opiniões de acordo com suas realidades, em que um professor pode ser o ganhador de um Prêmio Nobel e ainda assim está disposto a discutir teorias e pensamentos, onde o debate é incentivado e todos têm várias oportunidades. Esse é o tipo de lugar em que me sinto motivada e posso me empenhar para criar novos projetos e me desenvolver tanto pessoalmente quanto profissionalmente.

– Como foi o processo de estudos?

Eu comecei meus estudos em janeiro para as provas americanas e, em março, para os vestibulares. Me afastei, de certa forma, das diversas festas e comemorações que ocorreram ao longo do terceiro colegial, sempre pensando na recompensa de alcançar meus objetivos. Foi apenas um ano que investi muito nos estudos, apesar de sempre ter sido uma excelente aluna, e não me arrependo por ter feito isso. Eu considerava esse ano como o decisivo para minha vida profissional e por isso valeu a pena todo meu esforço.

Eu estava muito feliz com o processo [de seleção] e engajada em conseguir tudo que precisava, documentos, cartas de recomendação, entre outros. Escolhi cinco universidades nas quais queria me inscrever e pesquisei tudo que eu precisaria. No final do ano, eu estava extremamente focada no término do meu Application (requerimento para adesão a um curso universitário norte-americano) e acabei deixando um pouco de lado o Colégio. Durante minhas férias, e até o dia anterior ao da Fuvest, enviei meu Application para as universidades. Foi uma época de muito estresse, mas que valeu cada segundo!

Mais adiante, no momento em que eu descobri que tinha sido aceita em UCLA foi fantástico! Eu tinha acabado de ser aceita no processo seletivo da Empresa Júnior de Consultoria FGV e estava na integração dos membros da empresa. Já estava extremamente contente, quando recebi um e-mail da universidade dizendo que os resultados já estavam disponíveis no site. Eu nem sabia se tinha conexão de internet no lugar, mas pedi um computador emprestado e comecei a teclar como louca para ver o resultado. Eu queria muito entrar em UCLA, era um dos meus maiores sonhos, e tinha esperado muito tempo por aquele momento. Quando reparei, tinha juntado um grupinho de pessoas em volta da mesa para ver o que estava acontecendo, até que todos vimos:

“Dear Carolina:

Congratulations! It is our great pleasure to offer you admission to UCLA for the Fall Quarter 2015.”

Eu não tive reação na hora, apenas sorri e abracei um dos meus amigos. Eu estava muitíssimo feliz e todos vieram me parabenizar! Depois, liguei para meus pais às 3 horas da manhã para avisar que eu tinha entrado e meu sonho se realizado. Eu nunca vou me lembrar com tanta perfeição de outro dia que não esse. O outro resultado, por incrível que pareça, eu estava novamente com as pessoas da EJ (Empresa Júnior)!  Eu tinha acabado de entrar na reunião da empresa, quando recebi um email da NYU dizendo o quão honrados eles estavam em me oferecer uma vaga em Stern! Novamente, não tenho nem como descrever o meu sentimento na hora!

– Como o Colégio influenciou e auxiliou nessa decisão?

No Colégio, todos sempre me incentivaram a ir atrás e conhecer de fato a área desejada. Não bastava dizer o que pretendia fazer como profissão. A pergunta “Mas…por quê?” estava sempre implícita. Isso ajudou muito, porque no mínimo você tinha que saber do que se tratava e o que a área abrangia. Os professores sempre falaram para a gente ir nas feiras de profissão, conversar com profissionais da área e até, se conseguisse, passar um dia com um profissional desses e ver como é o dia-a-dia. Assim, eu percebi que eu não sabia o que era de verdade o Direito e resolvi fazer o Harvard Summer School para entender o que se estuda e entrar em contato com profissionais da área, além de participar de todos os eventos do Colégio e de fora sobre profissões. Desse modo, eu percebi que faltava a parte mais racional e lógica na minha vida…Faltava a matemática, apesar de eu ainda gostar muito da área.Na sequência, esse incentivo fez com que eu levasse isso para minha vida. Outro fator que ajudou em minha formação, mas que também foi sempre muito influenciado por minha família e tive que desenvolver muito durante o processo de Application, foi aprender a me promover. Muitas pessoas não gostam de falar o que já fizeram ou o que fazem, e têm uma certa vergonha em falar “Eu fiz isso”. Às vezes, isso pode ser visto como meio arrogante, mas tudo depende da maneira como você fala. Atualmente, faço isso praticamente todo dia e não posso negar que minha rede de contatos aumentou muito. Tenho grandes oportunidades que não teria se não tivesse feito isso.

– Quais são suas expectativas para esta nova fase em outro país?

Morar sozinha em outro país não é um medo meu…Na verdade, meu medo é se eu escolhi certo meu curso e se eu fiz a escolha certa de aceitar ir para lá. Tenho certeza de que vou me adaptar facilmente e não tenho dúvidas de que vou gostar muito da universidade! Durante o Bruin Day, dia em que visitei UCLA, eu não conseguia parar de pensar o quanto eu queria começar logo a estudar lá. Eu espero ter vários amigos de diferentes países, me engajar nas atividades da universidade, e, principalmente, poder contar a todos a realidade de nosso país. Em relação ao curso, eu já vi as matérias obrigatórias que tenho que fazer,e espero apenas que eu desenvolva um critical thinking bom e que eu tenha um conhecimento amplo sobre várias áreas, como Political Science, Psychology, Calculus, Economics, etc. Não gosto de conhecer apenas minha área de escolha, acho imprescindível ter um conhecimento amplo para a própria formação pessoal e não só profissional.

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