Presidente do Colégio participa de homenagem ao jurista e filósofo Miguel Reale

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 18:43
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O dr. José de Oliveira Messina, presidente do Colégio, participou de uma mesa de debates em homenagem ao jurista e filósofo Miguel Reale, ex-aluno e ex-professor da Escola. O encontro foi realizado no dia 17 de novembro, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

Ao lado do presidente do Dante, compuseram a mesa os professores Celso Lafer, Miguel Reale Jr., Ari Macedo Solon, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, e João Maurício Adeodato, da Universidade Federal de Pernambuco, além do escritor Gilberto de Mello Kujawski e do presidente da Academia Brasileira de Letras, Marcos Vinicios Villaça.

“Na ocasião, fiquei muito feliz por me encontrar novamente no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde colei grau em 1951, em uma turma que teve a grande honra de ter o professor Miguel Reale como paraninfo”, comentou o presidente.

Leia, abaixo, os versos escritos por nosso presidente em homenagem à vida e à obra de Miguel Reale.

Miguel Reale, ex-aluno!
Sua infância teve início
Em terras interioranas,
Onde a serenidade da vida
Conduz à bucólica meditação.
Serras imponentes, verdejantes,
Alegres, com pássaros festejantes
No esvoaçar circulante…

Num estalar de dedos, pela frente a Capital desconhecida!
Nela, os estudos primários…
Que vernáculo estranho era aquele?
O italiano, língua de Dante…
Esforço redobrado, enriquece o saber!
Era interno…, conhecendo limites à liberdade.
Saudoso, o caboclinho de Itajubá flutuava…

No internato, momentos difíceis.
Chorava de mansinho no silêncio da noite.
Faltava-lhe o calor da família…
A tristeza o acompanhava, até no uniforme:
Era escuro e fúnebre, de botões dourados,
De rigor, vestimenta própria dos dias comemorativos.
O tempo passava… tempo escasso para visitar os pais.
Saída livre, apenas em sábados alternados…

Saltam, porém, os tempos, e eis que ela surge…
Onde? No mesmo ninho…
Longas tranças, enfeitadas de fita,
Enfeitiçaram Miguel… O guerreiro acalmou.
Nem mesmo a Cidade Eterna, para onde viajou,
Conseguiu romper o liame que os unira.
A menina permaneceu lhe acompanhando os sonhos.
Filomena Pucci, a quem excedera na escola,
Ocupou enfim o primeiro lugar em sua vida!

O filósofo, quando menino, foi poeta.
Às tranças de Filomena, ele confessou:
Foi enrolado, também, o nascer do seu primeiro soneto.
Poemas do Amor e do Tempo, declamados por Cândido Mota Filho,
Quando este o recebeu na Academia Brasileira de Letras.
Este ensaio poético iria longe, muito longe,
Como vai longe o pensamento de todos que, neste instante,
Voltam no tempo e se associam a esta homenagem.

Imortais das Arcadas do Largo de São Francisco,
Acadêmicos que respiram neste templo
Os ares do direito, da justiça, da filosofia da vida.
O nosso Miguel Reale gravita, no espírito glorioso,
Como astro celeste, espargindo fatos, valores e normas,
Que vivem neste histórico momento de recordações.

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