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O que Pedro Álvares Cabral sentiria se só chegasse ao Brasil em 2012? O orgulho de conhecer uma terra diferente ou a preocupação para com o que visse à sua frente? Segundo a peça infantil “Cabral respirou mal”, de autoria de Anderson Machado, as condições da natureza no país preocupariam o navegador. Encenada pela companhia Abra Ca-Boom em parceria com a editora Melhoramentos no último sábado, 3 de abril, a apresentação misturou humor, música e mensagens relacionadas à preservação da natureza.
No auditório Miro Noschese, lotado de crianças com oito a dez anos, os atores enumeraram uma série de referências a diversas novidades dos tempos atuais. Como exemplo dos costumes da modernidade, Cabral dançou forró universitário e encontrou um mapa com a rota para o Brasil na internet. Entre diversas canções que envolveram os presentes e ações espontâneas que despertaram gargalhadas, Cabral e sua assistente passaram a questionar a consciência ambiental dos alunos. Fazendo referência aos índios da época da descoberta, que só extraíam o que necessitavam para sobreviver, o navegador ressaltou a importância dos cuidados à natureza, dos estudos e do respeito ao próximo.
Para a coordenadora do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental, profª Vânia Barone, a peça foi uma maneira lúdica de mostrar que a consciência das crianças é um valor crucial no processo de melhoria do futuro. “Essa peça tem por objetivo proporcionar lazer e, ao mesmo tempo, auxiliar no amadurecimento das crianças no tocante à responsabilidade social. Ela mostrou aos alunos que o mundo, no futuro, pode e deve ser melhor do que é atualmente. E que, com isso, eles é que terão um Brasil e um mundo melhores. A responsabilidade é deles e os benefícios, para eles”, explicou.
Os alunos aproveitaram para tirar dúvidas com relação à vida no teatro, às gírias utilizadas, como “ora pois”, e questionaram os atores acerca da própria postura, perguntando-lhes se eles jogavam lixo no lixo ou nas ruas. Perto do fim do encontro, uma pequena aluna relembrou uma máxima importante que serve de lição para todos, independentemente da idade: “Temos que preservar a natureza!”.
