O meio ambiente em foco: Dante promove viagem educacional a Salesópolis

Publicado em 17 de maio de 2022 às 16:05
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O Colégio Dante Alighieri promoveu para os alunos do 6º ano, no dia 30 de abril, uma saída pedagógica ao município de Salesópolis – cidade conhecida por abrigar a nascente do rio Tietê e por ser parte integrante do Cinturão Verde. O objetivo da viagem era relacionar os conhecimentos adquiridos em sala de aula com a observação direta da realidade, oferecendo aos alunos, além do estudo de aspectos físicos e ambientais da região, a oportunidade de desenvolver habilidades como a autonomia de conduta e a capacidade de organização.

Com o apoio da agência de viagens SD Student Travel, a saída pedagógica foi encabeçada pelos departamentos de Geografia e Ciências. Nesse sentido, uma vez que os jovens dantianos estão aprendendo sobre os tipos e as características físicas das paisagens no componente curricular de geografia, o estudo começou já cedo: ao longo do trajeto, dentro do ônibus, os alunos puderam observar as diferenças entre as variadas paisagens naturais e antrópicas, além das diferenças de relevo, cobertura vegetal e hidrografia entre elas.

Conhecendo mais o Rio Tietê

Apesar de os alunos não terem tido a chance de conhecer a nascente do rio Tietê devido às condições meteorológicas do dia da viagem, foi possível visitar outros rios afluentes do Tietê e assim dar prosseguimento ao estudo do ciclo hidrológico e dos diferentes tipos de água (mineral, potável, poluída) – conteúdos que vêm sendo abordados em ciências.

“Eu gostei de quando a coordenadora explicou que o rio Tietê corre no sentido inverso, rumo ao interior do estado, apesar de a nascente estar perto do mar. Gostei também de tocar na água limpa e fria que sai de uma queda d’água de um afluente do rio Tietê”, conta o dantiano Mateus Foroni, do 6º H.

Vale destacar que foram colhidas quatro amostras de diferentes tipos de água do rio Tietê para análise no laboratório do Colégio – um dos fatores que possibilitam uma retomada contínua dos conhecimentos adquiridos na viagem.

Exercício de observação e análise

A saída pedagógica ofereceu também aos alunos a oportunidade de contemplar um apiário dentro de uma das fazendas visitadas, o que agradou muitos: “Minha parte favorita foi a visita ao apiário da fazenda, onde nós vimos os três tipos de abelhas, o mel, e entendemos o papel fundamental que as abelhas desempenham em nossa vida”, relata o aluno Martin Oliver, do 6º G.

A professora de ciências da natureza Leina Carvalho explica ainda que o estudo do meio possibilitou chegar a algumas conclusões: “Lá eles observaram que algumas regiões não são asfaltadas como na cidade de São Paulo, o que é bom porque certos tipos de asfalto contaminam os lençóis freáticos e contribuem para a poluição da água. Além disso, a partir da observação da neblina discutimos sobre o estado físico, nestas condições, em que a água está (líquido), o que vai ao encontro do que eles estão aprendendo em ciências”.

Viagem educacional a Salesópolis
Alunos do 6º ano viajam a Salesópolis

Sujando as mãos, ajudando o planeta

Os alunos colocaram também, literalmente, a mão na massa por meio da execução de uma atividade de dispersão de sementes. “Nessa atividade nós pegamos uma bolinha, a mergulhamos no adubo, depois colocamos uma semente dentro dela e a jogamos numa região fértil próxima ao rio para que no futuro ela se torne uma árvore”, descreve o estudante João Hellmeister, do 6º G.

Para o dantiano Martin essa foi uma atividade importante, uma vez que as árvores são fundamentais para a vida humana: “Nós precisamos das árvores porque elas fazem fotossíntese. Futuramente, as árvores irão retribuir a boa ação de plantar novas sementes feita na viagem, porque elas são uma fonte de oxigênio – nós liberamos o gás carbônico para elas e elas nos dão o oxigênio em troca”.

Novas experiências, mais aprendizados

É importante ressaltar que os alunos tiveram acesso a diferentes tipos de realidade e experiências de vida. “Com a visita a uma área de produção agrícola familiar que utiliza a técnica da hidroponia, os alunos puderam ver de perto de onde vêm e como são produzidos os alimentos, além de quem os produz, o que é muito importante para a valorização da mão de obra dos agricultores familiares e para a conservação do ambiente rural e a preservação da natureza – inclusive eles até compraram algumas verduras para os pais. Houve também a ida a uma fazenda que antes era um casarão de café, assim, eles também entraram em contato com a questão histórica e local da cidade e entenderam um pouco sobre o perfil da parte urbana de Salesópolis”, ressalta a professora Leina.

Além da imersão nos conteúdos vistos em sala de aula, aliando a prática à teoria estudada, uma das propostas da viagem era promover a interação entre os dantianos. “Foram dois anos de isolamento social, de modo que a interação fora do ambiente escolar e urbano era um dos objetivos da saída pedagógica. Creio que os alunos precisavam vivenciar novas experiências pedagógicas e interativas em locais diferentes da sala de aula, o que é essencial para a construção de repertório cultural – aliás, o próprio ônibus já foi uma novidade, porque muitos nunca tinham usado esse meio de transporte”, conta a professora.

Viagem educacional a Salesópolis
Viagem educacional a Salesópolis

Esperança de um mundo melhor

Por fim, a saída pedagógica foi essencial para que os jovens dantianos se conscientizassem mais sobre a importância do meio ambiente. “Nós somos o futuro do planeta. É útil aprender sobre a importância da água para que mais para frente possamos pensar em alternativas que visem eliminar totalmente a poluição no rio Tietê e nos demais rios, afinal a poluição prejudica as plantas e os animais, além de transformar o rio em um reduto de doenças”, afirma o aluno João.

O trabalho continua

Agora, em sala de aula, os alunos farão uma atividade de retomada dos conceitos vistos na viagem. “A partir de um texto feito pela professora de geografia Carina Negrão, os alunos poderão dar prosseguimento aos estudos através de uma atividade que explora a cartografia, para a localização de Salesópolis no mapa, e as diferentes formas de relevo do estado de São Paulo, para o reconhecimento do percurso do rio Tietê, desde a nascente até a foz”, esclarece a coordenadora do Departamento de Geografia, Marcia Regina Saltini.

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