Membros do Banco Central realizam palestra no Dante

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 17:34
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Alunos da 3ª série do Ensino Médio assistiram, em 14 de agosto, a uma palestra dedicada a explicar o funcionamento do Banco Central do Brasil e falar da conjuntura econômica atual no país. O encontro foi conduzido por Maurício Barreto Campos, gerente técnico de estudos econômicos da instituição, e por Emílio Carlos Danta Costa, coordenador do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos. Ambos são pais de alunos do Dante.

Na abertura da apresentação, a coordenadora-geral pedagógica, professora Sandra Tonidandel, falou da importância de os alunos conhecerem a estrutura do Banco Central, independentemente de ser ou não uma questão para os vestibulares, tendo em vista a relevância da instituição para o país.

Em sua fala inicial, Emílio explicou que o Banco Central está enfrentando uma das “mais desafiadoras situações” para esse tipo de instituição. “Essa combinação vem do fato de a economia estar desaquecida, de não termos perspectivas de melhorias econômicas em curto prazo e a taxa de inflação estar bem acima do que estamos acostumados”, disse.

Já Maurício valeu-se da ocasião para contar um pouco da história do Banco Central e abordou a relevância da instituição na política monetária no Brasil. Ele explicou, por exemplo, que, antes da criação do banco, em 1965, as tarefas por ele assumidas eram desempenhadas por três órgãos: o Banco do Brasil, o Tesouro Nacional e a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc). “A missão do Banco Central é assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e manter o sistema financeiro sólido e eficiente”, disse.

Outros assuntos abordados pela dupla foram o modo de funcionamento da emissão de moeda no país (que é virtual), o “padrão-ouro”, o tipo de autonomia dada à instituição, o funcionamento do processo de decisões e, por fim, as diferentes situações econômicas pelas quais o país já passou.

Em comentário sobre a importância da estabilidade da moeda para ajudar as pessoas com maiores necessidades, os convidados lembraram que o “maior programa social é manter a inflação sob controle”, já que “a inflação sempre pega [primeiro] o mais pobre”.

Eles também explicaram, brevemente, que o sistema financeiro é “muito sensível”. Para justificar essa observação, Emílio trouxe um exemplo de como o excesso de especulação quase fez quebrar um banco.

“O Banco Central mudou, há alguns anos, o seu modo de fiscalizar. Antes, mandava equipes pequenas para realizar o trabalho. Depois da mudança, as equipes cresceram. Na primeira fiscalização feita em um banco aqui da região após a mudança – era apenas uma operação de rotina e não havia nada de errado –, os funcionários da instituição estranharam o tamanho da equipe e acreditaram que havia algum problema. Pegaram o telefone e começaram a contar para outras pessoas que havia algo errado. Por causa de toda essa especulação, o presidente da instituição financeira ligou para o diretor do Banco Central, pouco tempo depois, e falou: ou vocês vão à imprensa e dizem que não há nada errado com o banco, ou nós quebramos em um dia”, contou. “Isso tudo só pelo fato de o Banco Central ter começado a mandar equipes maiores do que anteriormente”, concluiu.

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