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Durante o mês de outubro, o Colégio Dante promoveu para as turmas do 4º ano uma saída pedagógica para a cidade de Santos, em período integral.
O objetivo da excursão foi dar continuidade ao trabalho realizado em sala de aula ao longo do ano letivo. A proposta é aprofundar os estudos do componente curricular de ciências humanas, que engloba desde o processo da colonização portuguesa até os primeiros alicerces do desenvolvimento paulista, como o café, as ferrovias e a imigração. No caminho, os alunos ainda observaram o desmatamento da Mata Atlântica resultante do processo de colonização e entenderam a diferença entre a zona costeira e a zona oceânica.
No total, os dantianos visitaram três locais diferentes: o centro histórico de Santos, o Museu do Café, localizado na Bolsa do Café, e o Monte Serrat. O centro histórico de Santos abriga uma riqueza significativa de detalhes arquitetônicos, culturais e religiosos que remontam à história do Brasil. No Museu do Café, os alunos observaram obras de arte, o mobiliário da época e exposições que abordam detalhes que vão desde o plantio até a xícara, passando pelo mercado e por curiosidades do grão. Já no Monte Serrat, além de contemplar a vista superior da cidade e observar o porto de Santos, os alunos puderam apreciar a Igreja padroeira de Santos: Nossa Senhora do Monte Serrat.
Santos sob uma ótica diferente
“No centro histórico de Santos, as crianças perceberam a influência da cultura portuguesa no Brasil, principalmente no que se refere à arquitetura: muitas das casas tinham azulejo, o que era um bem valioso na época. Já na Bolsa do Café, que era o local onde os barões se reuniam para discutir sobre preços e as exportações, as crianças notaram como a evolução da cafeicultura e o desenvolvimento político, econômico e cultural estão relacionados”, explica a professora Juliany Brito.
O trabalho de observação iniciou-se já no ônibus: enquanto desciam a serra, os alunos repararam como a Mata Atlântica foi desmatada para a construção da Rodovia dos Imigrantes e refletiram sobre as dificuldades que os jesuítas, indígenas e bandeirantes enfrentaram, antes da construção da estrada, para subir a serra e chegar a São Paulo. “Eu já tinha ido para Santos algumas vezes, mas nunca havia reparado em alguns detalhes interessantes, como a arquitetura com vitrais, grandes esculturas e cúpulas de cobre da Bolsa do Café”, conta o dantiano Davi Bavagnoli Monaco, do 4º I.
Concretização do aprendizado
De acordo com a professora Juliany, é importante os alunos visitarem lugares históricos como a cidade de Santos, pois as saídas pedagógicas oferecem experiências únicas que acabam estimulando o aprendizado. “Os alunos veem que os lugares dos livros existem e que o conteúdo de aula não é algo distante da realidade, e isso acaba concretizando e dando sentido a todo o processo de aprendizagem. Eles observam, contemplam, apreciam e vivenciam: é uma experiência que eles podem compartilhar com amigos e familiares.”
Para o aluno João Pedro Maziero, do 4º I, a viagem a Santos foi uma oportunidade de conhecer coisas novas. “A minha parte favorita foi andar de bonde para subir ao Monte Serrat e de lá ver o porto de Santos: a vista era muito bonita. Além disso, aprendi sobre as etapas do processo de fabricação do café, e um dos monitores do museu falou sobre a produção do Jacu Bird Coffee – o grão de café mais caro do mundo: o pássaro Jacu ingere o grão de café sem danificá-lo e, em seu sistema digestivo, ele libera alguns ácidos e enzimas que são absorvidos pelo café, fazendo a diferença em seu gosto.”
