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Amante de futebol, o historiador e ex-aluno Gabriel Gama decidiu materializar, em forma de livro, a paixão que carrega desde pequeno. Fruto de seu trabalho de conclusão de curso na pós-graduação em jornalismo, a obra “Majestoso: A histórica rivalidade entre Corinthians e São Paulo” é a primeira a investigar a fundo os mais de 90 anos de disputas entre os dois clubes.
“Não esperava tirar nota 10 no trabalho. Para mim, isso já foi um prêmio. Então pensei: ‘Agora, isso tem que virar livro’. Achava que alguém já havia escrito sobre esse clássico, mas descobri que eu fui o primeiro a fazer isso. Fui felizardo por ter a chance de contar essa história”, conta Gabriel, em visita ao Dante.
Ao longo de suas 119 páginas, a obra registra curiosidades e estatísticas referentes a centenas de partidas, além de abordar a trajetória dos principais ídolos de ambas as equipes em cada período. Mais do que isso, Gabriel busca desmistificar, a partir das origens dos clubes, os estereótipos de “time do povo” e “time da elite” que acompanham, respectivamente, Corinthians e São Paulo desde os seus primórdios.
O lançamento do livro ocorreu no dia 3 de março, no Museu do Futebol, ocasião em que Gabriel pôde reunir três de suas referências no jornalismo: Juca Kfouri, Celso Unzelte e Fábio Altman, que assinam a orelha, o prefácio e o posfácio nessa ordem. “No evento havia cem pessoas, uma fila enorme, e eu nunca imaginaria estar lá, então só tenho a agradecer. É um orgulho enorme para mim e espero ter contribuído um pouco para a história de Corinthians e São Paulo.”
São-paulino e dantiano
Torcedor declarado do São Paulo, Gabriel carrega consigo outra paixão que remete aos tempos de garoto: o Dante. No dia 8 de março, ele voltou à escola para doar um exemplar de seu livro à Biblioteca Gianfederico Porta e matar a saudade de velhos amigos.
Cada local visitado resultava em um reencontro emocionante com professores e funcionários, companheiros do período em que fez o antigo Colegial, entre 2000 e 2002. “Na hora do intervalo, eu costumava dançar no pátio, e isso marcou muito minha vida aqui. Todos me conhecem por causa disso”, lembra Gabriel.
“O Dante foi, de longe, o Colégio mais importante em que estudei, pela estrutura, pelos professores e pelos funcionários. Tenho amigos com quem converso e que encontro até hoje – temos um grupo de WhatsApp com mais de 150 pessoas. Eu amo o Dante e as pessoas que conheci aqui. Para mim é um orgulho ser entrevistado por causa do meu livro. Não ganhei nenhuma medalha na Olimpíada, mas este momento é um troféu que guardarei para sempre comigo”, conclui.