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Conhecer, amar e cuidar. Esses três verbos resumem bem como foi a última viagem educacional promovida pelo Dante que os alunos da 3ª série do Ensino Médio fizeram até Manaus, entre os dias 27 e 31 de julho.
Com saída prevista do aeroporto de Guarulhos às 8h30 do dia 27 de julho (quarta feira), o voo LATAM 4784 com destino a Manaus levou 39 dantianos da 3ª série para uma viagem que mudaria completamente a concepção até então tida sobre a Amazônia.
Em parceria com a agência de viagens UGGI Educação Ambiental, a viagem realizada pelos formandos do ano de 2022 contou com passagem por vários pontos turísticos da cidade de Manaus, como o Teatro Amazonas; o Mercado Municipal Adolpho Lisboa; o Museu do Seringal; o encontro das águas (local onde os rios Negro e Solimões se cruzam); o Parque Ecológico Janauari; o Lago das Vitórias-Régias; a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro (onde está localizada a Comunidade Tumbira); a plataforma boto-cor-de-rosa e a Vila Paraíso, além de uma saída com destino à cidade de Presidente Figueiredo para contemplação das cachoeiras e corredeiras da região.
Amazônia e a emergência climática
A Floresta Amazônica é abundante em diversos recursos e atua como um grande reator para o equilíbrio da estabilidade ambiental do planeta. O desmatamento da região é um dos principais problemas ambientais atuais, em função da importância da Amazônia para o meio ambiente. O desmatamento causa a extinção de espécies vegetais e animais, desequilíbrio no ecossistema, aumento da poluição do ar e comprometimento do sequestro de carbono e da liberação de água para a atmosfera.
Segundo a coordenadora do Departamento de Biologia do Dante, professora Paula Galvão, uma vez que um dos temas estudados durante os três anos do Ensino Médio é a emergência climática, com destaque para os problemas causados pelo aquecimento global, o objetivo da viagem foi encerrar com chave de ouro o projeto interdisciplinar da 3ª série “Amazônia e a emergência Climática”, já iniciado no primeiro semestre.
“Nós não queremos banalizar o conceito de preservação da Amazônia, queremos sensibilizar para mobilizar. O aluno tem que conhecer o objeto de estudo, para amá-lo e só então cuidar. Não se cuida daquilo que você não ama, e você não ama aquilo que você não conhece. É isso que está por trás da ação de ter promovido essa viagem: conhecer, amar e cuidar. Para os alunos, agora a Amazônia é mais do que uma palavra ou uma imagem presente em livros e em telas, é algo que eles viram, conheceram, amaram e estão dispostos a se mobilizar para cuidar e preservar”, frisa a professora.
Todos os componentes curriculares participaram de uma parcela do projeto da série, que consistia na produção de um texto autoral, a partir de tudo o que foi assimilado durante as aulas, sobre duas ações de intervenção que não degradem o meio ambiente na Amazônia e que impactem positivamente a vida das populações que lá vivem. A disciplina de biologia ficou responsável pela parte de sensibilização para a viagem e projeto, cujo resultado foi apresentado durante as aulas de língua portuguesa.
Conhecendo, amando e cuidando
Como esperado, a viagem foi um sucesso entre os alunos. “Eu amei a viagem, foi uma experiência incrível porque, por mais que nós estudássemos sobre a Amazônia e víssemos fotos, nós não temos contato direto com o local. Foi um choque de realidade. Eu tinha uma visão levemente estereotipada sobre a região, e agora eu construí a minha própria concepção sobre a Amazônia e as pessoas que vivem lá. Antes, proteger a Amazônia era uma obrigação, agora além de ser uma obrigação é uma vontade: estou disposta a protegê-la para que ela continue nos protegendo”, explica a dantiana Ana Rita Araújo Silva, da 3ª série D.
A viagem ainda serviu como ferramenta de conscientização social e ambiental. “Foi uma viagem que mostrou a importância da preservação socioambiental. Você vê que lá, além da natureza (que é exuberante), há pessoas trabalhadoras que só estão tentando viver. Elas estão sofrendo com a crise que assola o país e com o constante abuso dos recursos naturais da floresta, o que abriu meus olhos para a realidade do país, que é bem diferente da minha”, conta o aluno Paulo Tauil Tavares Souza, da 3ª série D.
Formando cidadãos conscientes
A intenção é que nos próximos anos, o Dante continue promovendo para os formandos a viagem a Manaus para que cada vez mais alunos se apaixonem pela beleza da natureza e cultura nacionais a ponto de ficarem sensibilizados com o desmatamento e as queimadas ilegais que estão acontecendo na Amazônia, além do aquecimento global que a afeta diretamente, e se mobilizem para impedir a destruição do bioma, que, por sua vez, é lar de muitas pessoas, sendo um dos patrimônios naturais da humanidade.
“Esses alunos são aqueles que estarão no poder e tomarão as decisões no futuro. Eles precisam conhecer a Amazônia e suas belezas para que queiram verdadeiramente lutar por ela e por seus direitos. Temos que acreditar que essa será a geração que mudará o mundo”, finaliza a professora Paula.
