Edição especial do Dante Digital reúne interessados em melhorar a educação no país

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 17:46
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O Colégio Dante Alighieri realizou, na manhã de 22 de outubro, o “Maker dos Saberes – Dante Digital: Pensando Fora da Caixa”, evento que reuniu especialistas e entusiastas da tecnologia aplicada à educação para incentivá-los a buscar soluções originais para os problemas do ensino. O encontro buscou unir pessoas com perfis distintos, mas com objetivos em comum, para refletir sobre condições que prejudicam o ambiente educacional, como o bullying, e elaborar iniciativas que possam potencializar o aprendizado, tais como a interdisciplinaridade e a convivência saudável da comunidade.

Na abertura do evento, a coordenadora-geral de Tecnologia, professora Valdenice Minatel, saudou e enalteceu os participantes pelo interesse em aprimorar o sistema de ensino no país por meio de soluções inovadoras. “É uma honra recebê-los neste evento tão ‘disruptivo’. É importantíssimo reunir tantas pessoas com vontade de fazer a diferença com o uso da tecnologia”, explicou.

Ela também comentou a importância de especialistas e instituições darem ouvidos aos alunos, que constituem o grupo mais impactado pelas novas metodologias de ensino. “Aqui, nós acreditamos que o aluno pode ser coautor das soluções, razão pela qual temos o nosso comitê gestor, que se reúne periodicamente para sugerir e aprimorar o que pode ser melhorado”, disse. “Esse evento não foi organizado só para falar em educação, mas para deixar claro que educação é um dever de todos. Precisamos pensar a educação como algo que vai fazer a diferença para a sociedade.”

Os participantes foram divididos em quatro grupos, que puderam formular reflexões e pensar livremente em qualquer solução para a educação. A proposta foi basicamente aproximá-los da ideia de que há uma constante corrida contra o tempo para a criação de novas e eficazes propostas de aprimoramento do sistema de ensino. Para auxiliá-los na tarefa, o Dante convidou diversos especialistas dos campos de tecnologia, educação e empreendedorismo para atuarem como mentores dos grupos.

Os convidados como mentores foram Carolina Augusta e Polyana Bastos, CEO e fundadoras da Boomit, uma plataforma destinada a incentivar e facilitar o empreendedorismo ao redor do mundo; Danilo Nunes, ex-aluno do Dante, empresário e desenvolvedor de jogos; Eduardo Azevedo, CEO do Farofa Studios, empresa que trabalha com gamificação e conteúdo multiplataforma; Ivan Seidel, estudante de Engenharia Mecatrônica e empresário nas áreas de educação e publicidade; João Pedro Vilas Boas, estudante de Engenharia Mecatrônica com conhecimento em mecânica, modelagem 3D, eletrônica e programação de robôs móveis; Leonardo Iacovini, ex-aluno do Dante, estudante de Engenharia da Computação e engenheiro de software na Nubank; e Pedro Minatel,  pesquisador na área de segurança e internet das coisas pela Samsung, atuando há mais de dez anos com o desenvolvimento de novas tecnologias.

Os temas do encontro foram definidos com base na relevância que vêm ganhando no cenário da educação brasileira: palavras-chave como ‘inclusão’, ‘bullying’, ‘produtividade x carga horária’, ‘interdisciplinaridade’, ‘convivência’, ‘autoestima e autoconfiança’, ‘avaliação e aprendizagem’ foram os termos escolhidos para resumir as diversas questões levantadas previamente pelos alunos do Dante como pontos importantes a serem debatidos. “A conversa fica enriquecida se todo mundo que faz parte do problema também participa da solução. Às vezes, os professores não ouvem quem de fato poderia se beneficiar”, explicou a professora Valdenice.

Para dar efetividade às soluções encontradas pelos grupos, diversos eram os itens à mão dos participantes, como materiais recicláveis, canetas, papéis para cartazes e aparatos tecnológicos, como o Arduino.

A rodada de reflexões de cada equipe se iniciava com a apresentação dos participantes para que todos, primeiramente, conhecessem suas especialidades e, a partir daí, pudessem criar um brainstorming sobre os assuntos mais indicados ao debate. Em seguida, parte dos mentores se juntava individualmente a cada um dos grupos, enquanto a outra parte circulava pela sala colaborando, periodicamente, com cada equipe para a geração de novas ideias.

Findado o tempo de desenvolvimento da solução, os grupos voltaram a se reunir no auditório Guglielmo Raul Falzoni para apresentar os projetos. Cada grupo teve apenas dois minutos para apresentar uma síntese do que foi pensado.

Se uma parte dos projetos consistiu basicamente em reflexões ou no resultado de uma atividade lúdica envolvendo crianças e adolescentes que integravam os grupos, outra parte contemplou, ainda que de maneira superficial, soluções mais específicas: uma ideia se resumiu, por exemplo, no desenvolvimento de um aplicativo que facilitaria a comunicação, em determinada comunidade, entre “atores” diversos, como famílias, professores e alunos, para que todos pudessem debater os principais problemas enfrentados na região em que vivem e obter, assim, maior facilidade no planejamento comunitário das soluções para cada caso.

Ao concluir essa etapa do evento, a professora Valdenice referiu-se à aparente “utopia” que se explicita em debates sobre o modelo ideal de educação, tendo em vista o distanciamento com que muitas vezes esse campo é visto. “Muito do que se fez nos últimos tempos foi simplesmente desumanizar todo o projeto educacional. É triste notar que atender às metas, e não às pessoas, se tornou a prioridade nesse campo”, explicou. “Nossa proposta, aqui, não é meramente tecnológica, e sim humana. O mais importante, nesse tipo de conversa, é não desistir na busca por mudanças positivas.”

Olimpíada de Inovação e Empreendedorismo

O final do encontro foi dedicado ao lançamento oficial da Olimpíada de Inovação e Empreendedorismo, uma parceria entre o Dante e a empresa Boomit. A professora Valdenice explicou que a proposta, ainda em desenvolvimento, consistirá em envolver os alunos em um diálogo para que identifiquem quais as novas demandas da sociedade e como a tecnologia pode contribuir para atendê-las. A coordenadora-assistente de Tecnologia, professora Verônica Cannatá, complementou a explicação afirmando que essa competição aproximará os alunos das diversas realidades existentes. “Nossos alunos poderão ter um olhar diferenciado sobre a sociedade conversando com organizações não governamentais, por exemplo”, disse. A Olimpíada, cuja primeira edição deverá ter início já em 2017, será sediada no Dante.

 

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