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No dia 13 de junho, o Dante reuniu pais e responsáveis no auditório Miro Noschese para atualizá-los sobre as propostas do ECCE, programa que visa reforçar a preservação da língua e cultura italianas. Em 2022, o curso apresenta novidades importantes, sendo a principal delas a incorporação do Liceo Scientifico, equivalente italiano do Ensino Médio brasileiro, mas com quatro anos de duração, com início no 9º ano do Ensino Fundamental.
Por ser bicurricular, o curso confere ao aluno o certificado do currículo brasileiro e a preparação adequada para se candidatar ao Esame di Stato e obter, mediante aprovação nesse exame, o diploma do currículo italiano. Assim, o estudante estará preparado para o processo seletivo das universidades brasileiras, italianas e de qualquer país da União Europeia.
“É a volta a uma história da maior escola fundada por imigrantes italianos do mundo. O Dante teve um diploma duplo até 1942, mas, em função da Segunda Guerra, fomos obrigados a mudar de nome para Colégio Visconde de São Leopoldo. Esta é uma história muito importante para nós, porque está no DNA do Dante, construído pelo amor dos imigrantes italianos”, disse o presidente do Colégio, dr. José Luiz Farina, um dos principais entusiastas do retorno do curso bicurricular.
Diretora-geral educacional do Colégio, a professora Valdenice Minatel destacou alguns dos benefícios que os estudantes podem usufruir a partir do curso. “Nós temos agora uma dupla certificação: o aluno que faz o ECCE tem a possibilidade de sair com dois diplomas. Pensem o que isso representa em um mundo globalizado, em que as competências, para além de um curso regular, são muito requisitadas.”
A composição do ECCE
Além do Liceo Scientifico, o programa é estruturado por outros dois módulos, cujas nomenclaturas também foram atualizadas em junho: o CLeCI (Corso di Lingua e Cultura Italiana), curso extracurricular destinado às turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental; e a Scuola Media, a partir da qual o programa se torna bicurricular, para estudantes do 6º ao 8º ano – nesta fase, em paralelo com o currículo brasileiro, há o incremento de disciplinas ministradas em italiano, como história e geografia, música, arte e imagem e história da tecnologia.
“Nossa intenção é proporcionar ao aluno uma formação integral, com princípios e valores humanistas da cultura italiana. O programa oferece, portanto, uma educação intercultural e o desenvolvimento de habilidades de comunicação interculturais”, afirmou a professora Angela Angoretto, coordenadora do ECCE.
E o inglês?
Embora seja um programa que retoma as raízes italianas do Dante, o ECCE tem um grande enfoque no inglês. A partir da Scuola Media, os alunos passam a ter cinco aulas do componente curricular, não quatro, como ocorre no ensino regular. Com uma abordagem dinâmica nas quatro habilidades linguísticas – listening (compreensão auditiva), speaking (expressão oral), reading (leitura) e writing (escrita) –, os alunos são preparados para os exames de proficiência, que abrem portas tanto para as universidades europeias como para as instituições americanas e canadenses.
“A estrutura do curso regular já é muito potente, e a do bicurricular é ainda melhor. A nossa carga horária é ampliada, e os nossos professores, além de serem certificados, possuem vivências no exterior e cursos de pós-graduação atualizados que os permitem trabalhar e preparar os alunos para o exame de proficiência”, explicou a coordenadora de inglês para Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio, professora Milena Carmona.
A prova de que o ECCE funciona
Ao final da apresentação, alguns alunos foram chamados ao palco para contar suas experiências no ECCE. Um deles foi Mariana Bizzarri, que participa do programa desde o 5º ano do CLeCI e agora se encontra no 1º ano do Liceo Scientifico (9º ano do Ensino Fundamental).
“Quando meus pais falaram que eu iria começar o curso, fiquei um pouco apreensiva, porque não sabia se daria conta de toda a carga horária e se eu conseguiria me adaptar à cultura italiana. Mas toda a minha apreensão passou, porque os professores foram muito atenciosos. Passou muito rápido e eu percebi que hoje já estou lidando muito melhor em relação à língua italiana e à oralidade. Quando eu vi, já entendia textos em italiano que nunca entenderia”, avaliou a dantiana.
“O ECCE é uma oportunidade muito boa para quem quer estudar tanto aqui no Brasil como fora dele, porque o curso nos treina para isso. É um prazer estar neste curso e eu sinto que ele vai trazer muitas oportunidades para mim”, acrescentou Mariana.
Quem também deu seu depoimento foi o ex-aluno Vinícius Lima dos Santos, primeiro dantiano a ser aprovado no curso de medicina da tradicional Universidade de Pádua. Por meio de um vídeo enviado da Itália, ele relatou sua experiência como estudante no país europeu.
“Além de Pádua, temos a Universidade de Bolonha, o Instituto Politécnico de Turim e tantas outras universidades imponentes. Estudar na Itália é uma experiência que nunca tive no Brasil, mesmo quando fazia medicina lá. Recomendo a todos que sigam este mesmo caminho. O que precisamos ter para vir para cá é dedicação, espírito e confiança de que podemos conquistar o mundo. Afinal, somos o Colégio Dante Alighieri e fomos formados para ser pioneiros em todas as áreas”, contou Vinícius.
