Diretor ministra palestra a alunos do 5º ano e relata restauração de ônibus antigo em aula sobre modernização

Publicado em 21 de junho de 2022 às 10:28
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Nas aulas de geografia do 5º ano, os alunos estão aprendendo o conceito de modernização na sociedade. Como forma de exemplificar o processo e contribuir para a compreensão dos estudantes, a equipe pedagógica preparou uma atividade especial, envolvendo um item histórico do Dante: o ônibus restaurado, que fez parte da frota do Colégio entre as décadas de 1960 e 1980.

Entre os dias 6 e 10 de junho, os alunos puderam conhecer e entrar no veículo, um Chevrolet ano 1962, além de conversar com o motorista Fernando de Almeida, que explicou algumas diferenças entre os ônibus antigos e os atuais da frota do Dante. Em um segundo momento, no dia 13, eles assistiram a uma palestra ministrada pelo diretor financeiro João Ranieri, que discorreu sobre o processo de reforma do automóvel.

“A restauração foi feita em duas etapas. O Colégio tem uma oficina de manutenção e, nela, desmontamos todo o ônibus. E então começamos a fazer tratamento em toda a estrutura, para depois colocar chaparia e montar o veículo com peças novas. Tudo foi tirado: motor, painel, banco, assoalho. Tivemos uma certa dificuldade, pois algumas peças eram importadas, mas deu para fazer exatamente como era”, explicou João Ranieri, que liderou a reforma do veículo.

Aula sobre modernização

As partes de acabamento, detalhamento e finalização contaram com o trabalho de profissionais do ramo. “O ônibus, depois de pronto, foi premiado no Encontro Brasileiro de Autos Antigos, em Águas de Lindóia, que é o maior evento da América Latina de autos antigos”, disse o diretor financeiro.

Especialista em reparo de carros antigos, João Ranieri também mencionou outras modificações associadas ao modo de funcionamento dos ônibus. “Hoje, os motores são todos a óleo diesel. Naquela época, era normal que ônibus e caminhões rodassem a gasolina.”

Ao explicar por que o ônibus restaurado anda com placa preta, destinada a veículos de coleção, em vez da vermelha, utilizada nos de transporte, João Ranieri citou outra mudança que traduz o processo de modernização – desta vez na legislação. “Como é de coleção e não de uso, o ônibus não tem a obrigatoriedade de ter cinto de segurança em todos os bancos, porque na época não havia essa exigência, como hoje há. Aliás, já que estamos falando de modernização, hoje é lei – vocês têm que usar cinto de segurança.”

Palestra: aula sobre modernização

O veículo

Após sair das ruas, no fim da década de 1980, o ônibus ficou estacionado no Dante por muitos anos e acabou sendo doado junto a outro veículo da frota, de 1963, para a empresa automobilística General Motors, que planejava lançar o museu GM. Como o projeto não vingou, as doações acabaram sendo encaminhadas à diretoria do museu de veículos da Universidade Luterana do Brasil, no Rio Grande do Sul. No entanto, anos depois, o centro de exposições fechou, e os veículos doados por paulistas foram devolvidos à GM de São José dos Campos.

Em 2009, os proprietários anteriores dos veículos começaram a ser contatados para saberem da possibilidade de repatriar o que doaram. A diretoria aceitou os ônibus de volta e escolheu o modelo de 1962 para efetivar a restauração. O trabalho, realizado minuciosamente, começou em junho de 2010 e foi concluído três anos depois.

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