Dante recebe profissional da Universidade de Chicago

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 19:56
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O Colégio Dante Alighieri recebeu, em 16 de setembro, Simon Nascimento, representante da Universidade de Chicago no Brasil, para conversar com alunos e familiares a respeito da vida acadêmica nos Estados Unidos. O brasileiro, agora responsável pela análise e admissão de estudantes internacionais provindos da América Latina e da África, esclareceu, em uma conversa informal, diversas dúvidas sobre o processo em instituições nos Estados Unidos. O encontro foi destinado a alunos do 9º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio.

Apesar de ter dado grande atenção à filosofia da Universidade de Chicago, na qual estudou e onde trabalha, Simon deu uma série orientações gerais sobre a graduação naquele país e ressaltou a importância de os interessados analisarem bem um conjunto significativo de instituições disponíveis. “A Universidade de Chicago é uma das mais seletivas, mais caras e mais conceituadas do mundo, mas a pessoa que quer estudar fora precisa tomar cuidado com esses rankings de revistas. Por mais que os periódicos listem as melhores instituições de acordo com critérios variados, deve-se levar em conta que eles não conhecem cada candidato, e que dificilmente as instituições citadas serão, de fato, as que mais se encaixam ao perfil de absolutamente todos”, afirmou.

Falando sobre o processo de admissão naquele país, em particular do estudante brasileiro, Simon chegou a dizer, com uma nota de humor, que o mais difícil, na graduação nos Estados Unidos, não é necessariamente vencer as etapas do estudo, e sim conseguir toda a documentação necessária para participar da seleção. Segundo ele, apesar de haver semelhanças entre as próprias instituições, é indispensável estudar o processo de cada instituição em busca de diferenças nos requisitos.

Sobre diferenças básicas entre o currículo regular das faculdades estadunidenses e o currículo específico das instituições brasileiras, Simon lembrou que há nos Estados Unidos instituições nas quais todos os alunos, independentemente da área escolhida, cursam uma série de disciplinas iguais. “Se você faz Economia, por exemplo, muito possivelmente estudará com alunos de Biologia. Eu fiz Relações Internacionais, e o mesmo ocorreu comigo. Por mais que, para as pessoas acostumadas com o sistema brasileiro, isso possa parecer estranho, o fato de podermos estudar com pessoas de outras áreas é um grande presente. A proposta da faculdade é ajudar o aluno a aprender sob várias perspectivas”, afirmou.

Com relação aos investimentos necessários para a graduação, Simon afirmou que a média anual na Universidade de Chicago está próxima dos U$ 70 mil, com todos os serviços básicos inclusos (como moradia, seguro de saúde e material escolar), mas que lá, assim como em várias outras instituições estadunidenses, há a possibilidade de o candidato ganhar bolsas nos valores necessários para conseguir estudar. “Se o aluno for aceito, a instituição busca saber com quanto a família pode contribuir. Há famílias que podem pagar apenas uma pequena parte do valor, enquanto outras não podem pagar absolutamente nada. Nessas situações, nós nos comprometemos a pagar o restante dos valores”, disse.

No final da palestra, Simon ainda chamou a atenção para com o calendário de cada instituição, e sugeriu aos alunos que comecem a se preparar o quanto antes para tentar o ingresso em instituições naquele país.

Ex-aluno do Dante relata vida acadêmica na Universidade de Chicago

O ex-aluno do Dante Eduardo Rubini, que começou a estudar na Universidade de Chicago no segundo semestre de 2013 e esteve no Brasil em férias, também participou da conversa. Aprovado da mesma forma em instituições brasileiras, como a USP e o Insper, ele explicou que, antes de embarcar para os Estados Unidos, experimentou o ensino superior brasileiro para fazer comparações.

“Aqui, o foco na aula presencial é muito grande. Lá, os alunos dificilmente passam mais de três horas na sala, salvo exceções. A aula é realizada para que os alunos tirem dúvidas ou exponham um trabalho. Fora da sala, investimos entre seis e oito horas, em média, em trabalhos educacionais”, disse.

Ainda de acordo com Eduardo, o foco das aulas naquela universidade está na aproximação entre os alunos e professores. Como exemplo disso, ele relatou a sua primeira visita à instituição, na qual ele assistiu a uma aula do Nobel de Economia Gary Becker destinada a alunos de PhD (equivalente a doutorado). “Gary estava apresentando uma teoria em sua aula e, ao mesmo tempo, pedindo a opinião dos alunos. Um deles sugeriu uma alteração, e ele prontamente atualizou a fórmula”, afirmou.

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