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O Colégio Dante Alighieri iniciou, em 18 de setembro, um novo projeto visando à aproximação entre familiares de alunos do Dante e os profissionais que atuam na instituição: a Roda de Conversa entre Pais e Educadores. Organizados pelo Serviço de Orientação Educacional, os encontros, com regularidade mensal e temas predefinidos, serão conduzidos a partir de experiências e relatos dos próprios presentes. Para enriquecer as conversas, espera-se trazer, também, em cada encontro, uma pessoa especialista (que também tenha filho ou filha estudando no Dante).
A primeira roda tratou de segurança digital, e a especialista convidada foi a advogada Patrícia Peck, que coordena campanhas de conscientização e preservação da privacidade na internet. Ela já abordou esse tema no Colégio em encontros com pais e alunos. Além de compartilharem experiências, pais e mães aproveitaram o encontro para sanar diversas dúvidas. Uma mãe, por exemplo, questionou o nível de segurança da computação em nuvem (como os serviços Dropbox e Google Drive). Apesar de essa tecnologia ter ganhado bastante espaço atualmente, Patrícia deixou claro que o ideal é evitar o seu uso para o armazenamento de informações particulares.
“Há vários serviços gratuitos de computação na nuvem nos quais, em seus termos de serviço, confirma-se que não há garantia de segurança dos arquivos enviados”, afirmou a advogada, falando da facilidade com que arquivos podem se espalhar na rede. “Se antes vivíamos com o drama da revelação manual de fotos, imaginando se os reveladores não guardariam cópias para eles, atualmente a preocupação consiste em tentarmos preservar a privacidade com arquivos salvos em computadores e na internet.”
Os presentes também aproveitaram para perguntar, aos professores e a Patrícia, qual é o papel das escolas nesse tipo de debate. A coordenadora do Serviço de Orientação Educacional, professora Elenice Ziziotti, explicou que há diversas ações de conscientização dos alunos no decorrer de sua passagem pelo Dante. “Conversamos com eles e damos exemplos de situações, por meio das quais eles acabam percebendo como eles podem ser expostos com facilidade na internet. A Patrícia também conversa com os alunos e os deixa a par da realidade. A ideia não é florear o assunto, e sim mostrar o que realmente pode acontecer”, disse.
A coordenadora do Departamento de Tecnologia Educacional, professora Valdenice Minatel, afirmou que esse tipo de ação está totalmente ligado a explicações sobre ética. “Não tem como imaginar a tecnologia desconectada do debate sobre ética. Além da preservação da imagem própria, eles também são orientados a respeitar a privacidade e a propriedade dos outros. O fundamental é entender que o fato de as informações estarem na internet não quer necessariamente dizer que elas são públicas”, disse.
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