Dante entrevista Artur Andrade, formando e aluno de cinema em universidade americana

Publicado em 10 de junho de 2015 às 11:40
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Com o sonho de trabalhar no cinema, o ex-aluno Artur Andrade, formado no Colégio Dante Alighieri em 2014, foi aceito pela University of Southern California (USC), em Los Angeles, Estados Unidos. O dantiano cursará Cinematic, Arts, Film and Television Production, um dos melhores cursos da área no mundo. Em entrevista, Artur falou a respeito dos seus estudos, do processo de application e quais são suas expectativas para esta nova fase em sua vida.

– Como e porque você se interessou em estudar fora?

Eu só tomei essa decisão no último semestre do último ano do Ensino Médio. Quando faltavam menos de seis meses para eu finalmente terminar a escola, e eu não tinha nenhum prospecto do que faria da vida quando saísse do Dante, eu fui atrás de informações sobre diversos cursos não só no Brasil, mas no exterior também. Eu achei muita coisa interessante por lá e resolvi que estudar cinema no exterior seria uma experiência incrível.

Eu cheguei a considerar bem no início alguns países que têm uma tradição longa em educação no ramo. Em Munique eles têm uma das melhores escolas do mundo de cinema em Londres, também. Só que achei melhor optar pelos Estados Unidos por uma questão bem simples: eles têm o melhor mercado, e investimento. E, obviamente, algumas das melhores escolas de cinema.

– Como foi o processo de estudos?

Foi extremamente intenso, ainda mais porque só decidi que iria aplicar para o exterior com poucos meses de antecedência, sendo que eles, ao contrário, já começam a montar os applications desde o começo do ensino médio, que para os americanos dura quatro anos. Então eu comecei a fazer um curso absurdamente estressante para preparação da montagem do application e para as provas que eu teria que prestar, ou seja, os SATs e o TOEFL.

Para o application em si, eu pedi cartas de recomendação, fui atrás do meu histórico de notas no Colégio, escrevi, sem exagero, dezenas de redações para escolas diferentes, porque cada uma pedia alguma especificidade no application. Escrevi de algumas atividades extracurriculares que eu fiz, porque eles levam isso bastante em consideração. E como o curso que eu queria era relacionado com arte, eu tive que mandar para quase todas as escolas um suplemento artístico, mostrando que eu efetivamente tinha talento na área. Ou seja, eu precisava filmar um curta. E depois disso, ainda tinha mais redações para escrever, algumas bem pessoais, outras pedindo para falar de trivialidades, e algumas de influências artísticas e filmes de que eu gostava, em menos de 300 palavras; impossível. Só fui terminar tudo o que tinha que fazer na metade de janeiro, e eu tinha começado a trabalhar nisso em agosto.

– Como o Colégio influenciou e auxiliou nessa decisão?

Eu entrei no Dante em 2003, um pouco antes de completar seis anos. É muito pouco o que eu tenho na memória antes desse período. Portanto, foi com o Dante como parte significante do meu cotidiano que eu cresci e tomei as decisões que vão seguir de base para minha vida daqui para frente. A escola, para minha formação como um todo, teve um papel considerável. O que posso considerar como uma influência direta do Colégio especificamente na escolha da minha carreira é principalmente o incentivo de alguns professores, por exemplo, daqueles que me escreveram as cartas de recomendação. Um deles, quando pedi, me respondeu que sim, escreveria, “mas só porque você vai fazer cinema, eu achei o máximo isso!”. Como outro exemplo, uma vez ou outra conversava alguma coisa sobre filmes com um dos meus professores, no terceiro colegial. E ele conhecia muito do assunto. Quando eu mostrei o roteiro que eu escrevi para o application para ele, a resposta que ele me deu foi que “você leva jeito para a coisa, vá em frente”.

– Quais são suas expectativas para esta nova fase em outro país?

O que acontece é que por diversas razões, a USC me convidou para me mudar para lá e iniciar o curso somente em janeiro de 2016. Então a ideia de mudar para longe ainda não me atingiu, ainda é muito remota. Os pensamentos que eu tenho por enquanto são os mais óbvios. Eu sinto, por um lado, uma angústia (que é comum para todo mundo) de acabar de repente com uma rotina de escola que foi o que eu conheci durante a vida inteira, e de repente ter o estilo de vida completamente mudado. Só que somado a isso tem o fato de que, além de sair da vida toda marcadinha e previsível, eu também estou saindo da minha realidade totalmente, já que vou estar longe de basicamente tudo que eu conheço: família, amigos e hábitos. Por outro lado, a experiência conta. Eu acho que, além de ser uma oportunidade de fazer um curso excelente, e ter uma formação excelente em um dos meus assuntos preferidos, o crescimento pessoal e intelectual que eu posso tirar de uma oportunidade como essa é gigantesco.

 

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