Alunos do 9º ano visitam exposição e participam de oficina de fotografia

Publicado em 13 de junho de 2012 às 18:22
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Com idades entre 13 e 14 anos, a maioria dos alunos do 9º ano do Colégio Dante Alighieri não tem outro contato com câmeras fotográficas senão com as modernas digitais. Contudo, na terça-feira, 12 de junho, 15 desses estudantes puderam desfrutar da experiência de fotografar utilizando uma pinhole (câmera sem lente, fabricada artesanalmente), durante uma visita ao Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB-FAAP). Na ocasião, o grupo também conferiu a exposição “Panoramas”.

Ao chegarem ao Museu, os alunos do Dante foram divididos em dois grupos. Enquanto uma turma participava da oficina de fotografia, a outra visitava a exposição, que contém fotos panorâmicas tiradas de paisagens brasileiras de 1820 a 1920. As imagens da mostra pertencem ao Instituto Moreira Salles (IMS).

Antes de iniciarem a oficina de fotografia, os alunos receberam explicações de monitores, que falaram sobre o funcionamento da pinhole. Essa câmera escura possui um pequeno orifício por onde a luz é captada, processo em que a imagem então obtida sofre um movimento de inversão. Os educadores explicaram que a claridade da imagem depende do tempo em que se submete a abertura da câmera à incidência de luz.

Embasados teoricamente, e utilizando câmeras pinhole, os alunos foram ao jardim do museu para fotografar as obras de arte ali presentes. Com o auxílio dos monitores, os estudantes podiam definir o tempo de abertura da câmera à ação da luz para captar as imagens.

Após a sessão de fotos, os alunos se encaminharam para o laboratório de revelação. Lá colocaram as imagens em três líquidos com química (revelador, interruptor e fixador), lavando-as e secando-as em seguida. Finalizado o processo, saíram de lá satisfeitos carregando os negativos das fotografias que haviam tirado.

Mariana Garcez, do 9º ano D, mostrou-se empolgada com a atividade, que vai ao encontro de um projeto seu. Ela prepara um trabalho para a feira de ciências do Dante envolvendo justamente a produção e o uso de uma câmera fotográfica artesanal. “Eu nunca tinha tirado fotos com essa máquina. Foi uma boa experiência, que vai ajudar no meu trabalho”, disse.

Paulo Cunha, do 9º C, também aprovou a oficina. “Já havia feito um curso de fotografia no ano passado, mas não havia mexido com essas câmeras. Aqui [no Museu de Arte Brasileira] foi legal porque podíamos escolher o tempo de exposição à luz e o espaço que queríamos fotografar”, afirmou.

Exposição

A oficina e a visita à exposição se complementaram. Isso porque, na mostra Panoramas, os alunos puderam ver exemplos da litografia (gravura em pedra), técnica que antecedeu a fotografia como registro de imagens.

Além disso, na exposição, havia fotos panorâmicas do Rio de Janeiro e de São Paulo datadas do século XIX. Os monitores chamaram a atenção dos alunos para o fato de que os fotógrafos daquela época tinham à disposição apenas câmeras semelhantes à pinhole. Assim, para fazerem uma imagem panorâmica, eles precisavam tirar várias fotos, focalizando cada parte da paisagem por vez.

O curioso é que, quando o retrato era montado, pela junção das diversas fotos tiradas, ficava nítida a diferença de claridade entre cada imagem, uma vez que haviam sido feitas em momentos diferentes, com menos ou mais luz, por exemplo.

“Os alunos do 9º ano já haviam visitado a mostra Momentos e Movimentos no museu da FAAP e agora conheceram mais essa exposição. Achei a visita muito boa, muito informativa ao falar da fotografia em si, do processo de revelação e também da litografia”, avaliou a professora Sandra Romanello, coordenadora do Departamento de Arte do Dante.

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