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Nos dias 27 de maio, 1º e 2 de junho, as turmas do 2º ano do Ensino Fundamental do Dante visitaram o Museu de Arte de São Paulo – Masp. A uma distância de aproximadamente 450 metros do Colégio, os alunos foram caminhando com seguranças para o museu; no caminho, eles atravessaram o Parque Trianon fazendo a Trilha do Fauno, nome que faz referência à obra do escultor Victor Brecheret denominada “Fauno”, presente no local e, inclusive, vista pelas crianças.
Assim, cercados por um bosque heterogêneo que contém uma grande variedade de flora e cerca de 40 espécies de fauna, os dantianos conheceram um pouco da história do parque que hoje é um dos resquícios da Mata Atlântica original.
Depois da caminhada, os alunos finalmente chegaram ao Masp, onde tinham como objetivo visitar a exposição Volpi Popular. Com um perfil panorâmico, o vasto e complexo acervo do museu apresenta cinco décadas da carreira de Alfredo Volpi e tem como enquadramento o interesse do artista pela tradição da pintura ocidental, pelo modernismo e, principalmente, por imagens, narrativas e personagens da cultura popular brasileira. Assim, 96 pinturas estão organizadas em sete núcleos temáticos não cronológicos: santas e santos; retratos; marinhas; temas náuticos e lúdicos; cenas urbanas e rurais; fachadas; e bandeirinhas e mastros.
Ao retornar ao Colégio, as turmas que foram ao museu de tarde participaram de uma oficina de artes no pátio do edifício Michelangelo, já as turmas da manhã participaram da oficina antes da visita à exposição. Uma das atividades da oficina consistia em reproduzir no chão um elemento de alguma obra de arte do museu, utilizando para tal apenas uma corda colorida.
Preparação para visita iniciou-se em sala de aula
A ida ao Masp faz parte do planejamento educacional do Ensino Fundamental 1, que inclui visitas expositivas a espaços culturais da cidade de São Paulo. “Todo final de ano, a equipe pedagógica do Ensino Fundamental 1 do Dante pesquisa sobre os principais eventos culturais e educacionais que acontecerão em São Paulo no decorrer do ano seguinte, para justamente incluir as temáticas e o conteúdo desses eventos no nosso planejamento. Isso é uma maneira de já irmos trabalhando com os alunos o que será visto nos ambientes culturais que serão visitados, pois para que o aproveitamento e o aprendizado efetivo ocorram é necessário uma contextualização e mediação. Portanto, tudo o que é estudado em sala de aula e no ateliê é visto e, posteriormente, relembrado in loco nos espaços expositivos”, conta a coordenadora do Departamento de Artes do Dante, professora Maria Beatriz Perotti.
Neste ano, como preparação para a visita à exposição Volpi Popular, o artista estudado pelos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental foi Alfredo Volpi, com enfoque em sua relação com a cultura popular brasileira.
Alfredo Volpi foi um pintor ítalo-brasileiro considerado um dos artistas mais importantes da segunda geração do Modernismo do Brasil. Uma das características de suas obras é, ainda que sem perder o referencial da figuração, o abstracionismo geométrico, de que é exemplo a série de mastros e bandeirinhas de festejos populares (festa junina), e as fachadas dos casarios da arquitetura vernacular e colonial brasileira. Ilustre colorista, ele explorou através das formas, composições magníficas de forte impacto visual.
“Volpi foi um imigrante italiano e um artista de peso. Seu trabalho possui uma linguagem interessante e acessível para as crianças: o aspecto regional, popular e, em alguns momentos, até folclórico agrada aos alunos, o que fez com que a exposição tenha sido um sucesso”, frisa a professora.
Importância de visitar os museus
Os museus exercem um papel fundamental no processo de formação das crianças, visto que são espaços de aprendizagem onde variadas formas de expressão e informação estão à disposição de seus visitantes. A visita a esses espaços artísticos e culturais oferece aos alunos o acesso ao conhecimento de um novo mundo de cores, de formas e de texturas e, ao mesmo tempo, permite a descoberta de novas formas de expressar as emoções e os sentimentos, sendo considerada uma maneira de despertar a criatividade e a imaginação. Afinal, é por meio do contato lúdico que a criança passa a compreender e a viver experiências que ainda não conhecia.
“O resultado pedagógico que ocorre dentro desses espaços é visto na criatividade e no repertório cultural dos alunos, bem como no reconhecimento da arte como algo válido e divertido. É o início do desenvolvimento do olhar contemplativo, de apreciação e crítico, bem como do hábito de frequentar exposições. Além disso, é uma emoção única para a criança ver a arte, em um primeiro momento, na lousa digital da sala de aula e depois observá-la pessoalmente”, explica a professora Maria Beatriz.
